app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5868
Economia Índice de Intenção de Consumo das Famílias está abaixo de 100 pontos há 15 meses

INTENÇÃO DE CONSUMO DOS MACEIOENSES TEM O MENOR PATAMAR DO ANO

Desde março, quando atingiu o maior nível do ano, aos 93,4 pontos, o índice vem traçando trajetória persistente de queda mês após mês

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 25/08/2021 - Matéria atualizada em 25/08/2021 às 04h00

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió registrou, em agosto, a marca de 15 meses consecutivos abaixo do nível de satisfação de 100 pontos. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), neste mês, o índice atingiu o menor patamar de 2021, com 89,3 pontos. Desde março deste ano, quando atingiu o maior nível do ano, aos 93,4 pontos, o índice vem traçando uma trajetória persistente de queda mês após mês. Na comparação com agosto de 2020, quando a pesquisa registrou 92 pontos, o indicador apresenta uma queda de 2,93%. O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, acredita que os resultados obtidos nos últimos 15 meses podem ser um reflexo do momento crítico visto nos âmbitos econômico e político no país, em meio à crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19. Dentre os subíndices da pesquisa, que, em relação ao mês de julho, registraram queda em seis dos sete indicadores, na comparação anual, a Perspectiva de Consumo apresentou a maior baixa, com variação negativa de 30%. Para Hortencio, os resultados para Nível de Consumo e Emprego Atual, com -10,14% e -2,65%, respectivamente, no comparativo com agosto de 2020, colocam em evidência quais os possíveis motivos para os números apresentados pela pesquisa. “Possivelmente, os registros foram influenciados pela inflação e pelo impacto das altas taxas de desocupação: 20%, em Alagoas, e 14,7%, no Brasil. Embora em Maceió, até maio, segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o saldo seja positivo, com o aumento de 4.825 empregos, em Alagoas, entre os meses de janeiro e junho, foi registrado um saldo negativo de mais de dez mil empregos. Diante disso, as perspectivas de curto e longo prazo, quanto à intenção de consumo, se reduziram de maneira cíclica, mostrando uma linha de tendência declinante, mais definida nos últimos cinco meses”, argumentou.

* Com informações da assessoria

Mais matérias
desta edição