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Nº 5868
Economia Financiamentos imobiliários movimentaram R$ 673,8 milhões no Estado este ano

FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS EM ALAGOAS ACUMULA ALTA DE 120%

De acordo com os números da associação nacional do setor, foram negociadas de janeiro a agosto deste ano, 3.222 unidades no Estado

Por Hebert Borges | Edição do dia 25/09/2021 - Matéria atualizada em 25/09/2021 às 04h00

O financiamento imobiliário em Alagoas com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) acumula alta de 120% este ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). De acordo com os números, foram negociadas, até agosto, 3.222 unidades este ano em Alagoas. O que equivale a uma unidade financiada a cada meia hora. Estes financiamentos movimentaram R$ 673,8 milhões. No mesmo período do ano passado foram 1.461 unidades e movimentação de R$ 376,6 milhões. O levantamento da Abecip aponta que julho passado foi o mês com maior número de unidades financiadas este ano em Alagoas, 695. O que garantiu uma movimentação de R$ 106.6 milhões. Já o mês com menor negociação este ano foi fevereiro, com 240 unidades, o que gerou uma movimentação de R$ 50 O crescimento aferido em julho deste ano pode ser explicado pelo fato de que foi o mês em que foi realizado o Festival Ademi, realizado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL). O presidente da entidade, Marcelo Saldanha, ponderou à época que o momento era acertado para compra. “Estamos passando por um dos períodos mais favoráveis para a aquisição de imóveis dos últimos tempos, com condições muito facilitadas de financiamento e baixas taxas de juros”. Em todo o país, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram R$ 21,01 bilhões em agosto de 2021. O montante foi 11,8% maior que o registrado em julho. Comparadas a agosto do ano passado, quando as novas concessões no âmbito do SBPE atingiram R$ 11,72 bilhões, houve crescimento de 79,2%. Nos primeiros oito meses de 2021, o montante financiado somou R$ 136,84 bilhões, alta de 107,7% em relação a igual período de 2020. No acumulado de 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, foram contratados R$ 194,92 bilhões, o dobro do período anterior. Em termos de unidades financiadas, a Abecip indica que, em agosto deste ano, nas modalidades de aquisição e construção, foram 90,3 mil imóveis, resultado 11,3% superior ao de julho. Comparado a agosto de 2020, houve alta de 128,6%. Entre janeiro e agosto de 2021, foram financiados, com recursos da poupança, 589,42 mil imóveis. Trata-se de um crescimento de 148,7% em relação a igual período do ano passado. Em 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, foram financiados 779,17 mil imóveis, resultado 119,8% superior ao do período anterior, quando 354,47 mil unidades foram adquiridas por meio de empréstimos no SBPE. A captação líquida da poupança SBPE de agosto voltou para o campo negativo, com queda de R$ 5,4 bilhões, após dois meses de resultado positivo. De acordo com a Abecip, a captação líquida acumulada no ano, entre janeiro e agosto, continua negativa, com recuo de R$ 19,3 bilhões. A captação líquida negativa reduziu o saldo da poupança SBPE em agosto para R$ 794,5 bilhões, queda de 0,4% em relação a julho. Comparado a agosto do ano passado, houve alta de 3,6%.

CUSTO DA CONSTRUÇÃO

De acordo com a Fundação Fetúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) para o mês de agosto deste ano resultou em uma alta de 0,46%. Sendo esta a menor variação registrada desde junho de 2020, de acordo com a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos. Em agosto, os preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono, pelo segundo mês consecutivo, não aumentaram. Em julho ficaram estáveis (queda de 0,07%) e, em agosto, apresentaram retração de 0,69% em seu preço. Fato que, segundo a economista, exerceu influência negativa na variação do INCC. O cimento Portland comum foi outro insumo que apresentou queda de preço em agosto: -0,11%. Neste mês, os insumos que contribuíram para o aumento de custos do INCC materiais e equipamentos foram: elevador (+2,12%), argamassa (+3,70%), tijolo/telha cerâmica (+1,29%) e metais para instalações hidráulicas (+1,25%). De janeiro a agosto/21 o INCC aumentou 11,17% e, nos últimos 12 meses, 16,68%. “Assim, apesar das menores variações no oitavo mês do ano, o setor segue sentindo reflexos dos aumentos exagerados nos seus custos. Também é preciso ressaltar que aumento de 1%, do INCC materiais e equipamentos, apesar de menor do que o observado em meses anteriores, ainda é muito elevado”, completou. Sobre o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também apresentou desaceleração em agosto deste ano em relação aos meses anteriores. A alta neste mês foi de 0,99%, ou seja, 0,90 ponto percentual inferior à observada em julho (1,89%). Foi a menor variação desde agosto de 2020. O custo com materiais, de acordo com o Sinapi, aumentou 1,62% em agosto deste ano, o que correspondeu a uma queda de 1,26 p.p em relação a julho/21 (2,88%). Já o custo com a mão de obra, dentro do Sinapi, aumentou 0,08% em agosto/21 (queda de 0,44 p.p. em relação ao mês anterior, quando variou 0,52%). O Sinapi/IBGE aumentou 22,74% nos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2021. No acumulado dos primeiros oito meses do ano a alta foi de 14,61%. Já a variação acumulada em 12 meses do custo com materiais foi de 37,69% e do custo com a mão de obra 6,03%.

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