app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5882
Economia

Palocci: “Governo n�o soube enfrentar desemprego”

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, admitiu ontem que o governo ainda não conseguiu enfrentar o desemprego da forma como o país necessita, mas disse que a geração de vagas no primeiro trimestre foi a maior dos últimos 12 anos. “O Brasil, neste moment

Por | Edição do dia 23/04/2004 - Matéria atualizada em 23/04/2004 às 00h00

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, admitiu ontem que o governo ainda não conseguiu enfrentar o desemprego da forma como o país necessita, mas disse que a geração de vagas no primeiro trimestre foi a maior dos últimos 12 anos. “O Brasil, neste momento, não conseguiu enfrentar a questão do desemprego na dimensão que o país exige, mas o que há de positivo é que a geração de empregos é positiva, fortemente positiva neste ano”, disse. Palocci comentou pesquisa divulgada ontem pelo Seade-Dieese que mostra que a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu de 19,8% em fevereiro para 20,6% em março, igualando o recorde histórico já alcançado em abril, maio e setembro de 2003. Para críticos do governo, a frágil situação do mercado de trabalho deve-se à política de juros e superávits primários (receita menos despesa, excluído o pagamento de juros altos implementado pelo governo federal). Segundo Palocci, entretanto, o aumento do desemprego deve-se ao crescimento da procura por uma vaga. “Continua havendo um fenômeno de crescimento da procura do emprego e crescimento do número de vagas abertos”, afirmou. De acordo com o Dieese, 74 mil pessoas passaram a engrossar a lista de desempregados de São Paulo no mês passado. Em entrevista na entrada do Ministério da Fazenda, o ministro não quis responder perguntas sobre a possível mudança da meta de inflação de 2005 e sobre o novo valor do salário mínimo. Comportamento O comportamento do desemprego na região metropolitana de São Paulo no primeiro trimestre de 2004 - redução de 306 mil postos de trabalho - marca o terceiro pior resultado para o período, em números reais, desde o lançamento da pesquisa realizada pelo Seade, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 1995. Segundo o estudo, nos três primeiros meses de 2003 houve uma redução de 286 mil postos de trabalho e, em 2001, 332 mil vagas foram fechadas. O pior resultado no nível de desemprego ocorreu no primeiro trimestre de 1992, quando ocorreu o corte de 472 mil vagas. Segundo Paula Motagner, gerente de análise do Seade, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo está em expansão desde o lançamento da pesquisa. Vagas Logo no primeiro trimestre do primeiro ano da pesquisa, houve redução de 40 mil vagas. Neste ano, a taxa de desemprego passou de 19,8% em fevereiro, para 20,6% em março, da População Economicamente Ativa (PEA), atingindo a marca de 2 milhões de desempregados no mês. A previsão para abril, segundo a especialista, é de estabilidade. “Se a taxa ficar estável será uma boa notícia”, disse. Para ela, as contratações dependem da reativação da atividade econômica.

Mais matérias
desta edição