A venda de etanol aumentou 10,2% em Alagoas no ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) divulgados na última segunda-feira (31). Ao todo foram comercializados 71,5 milhões de litros de combustível no estado em 2021, ante 64,9 milhões em 2020. Mesmo avanço não teve a gasolina, que sofre com a escalada de preços. Os números da ANP apontam para um crescimento de 3,7% nas vendas de gasolina comum em Alagoas. Foram comercializados 439,7 milhões de litros de gasolina em Alagoas no ano passado, ante 423,8 em 2020. Já o Diesel teve aumento de 8,8% nas vendas. Saindo de 337,2 milhões de litros em 2020, para 367 milhões de litros no ano passado. Em todo o Brasil, foram comercializados 16,792 bilhões de litros de etanol hidratado em 2021, uma retração de 12,8% em comparação com o ano anterior e o menor volume desde 2016. O pior mês de consumo foi novembro, quando a comercialização do etanol hidratado caiu a 1,019 bilhão de litros. Em dezembro, houve uma pequena reação das vendas, para 1,271 bilhão de litros, mas o volume foi, ainda assim, o menor para um mês de dezembro desde 2016. A queda mais acentuada ocorreu no Estado de São Paulo, onde as vendas caíram 16,4% no ano, para 8,475 bilhões de litros. Depois, pela ordem, aparecem Minas Gerais, onde as vendas recuaram 14,6%, a 2,343 bilhões de litros, e Paraná, com queda de 23,9%, a 1,011 bilhão de litros. Um dos Estados onde as vendas de etanol hidratado cresceram foi Mato Grosso do Sul, com aumento de 22,7%, a 178,9 milhões de litros. Também houve aumento das vendas em Alagoas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Porém, o incremento nesses Estados foi insuficiente para compensar a queda das vendas nos demais, que têm vendas mais volumosas. O preço médio da gasolina ficou praticamente estável nos postos brasileiros na semana passada, mas pela primeira vez a pesquisa de preços da ANP detectou o produto sendo vendido a mais de R$ 8 por litro no Brasil. Na média nacional, a gasolina custou R$ 6,658 por litro. Na semana passada, o presidente anunciou um projeto para isentar os combustíveis de impostos federais. O governo avaliava também a criação de um fundo estabilizador para interferir nos preços finais dos combustíveis, mas a proposta foi descartada. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia é inviável pois teria elevado custo e pouca eficácia. Na última quinta-feira (27), os estados confirmaram em reunião no Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) a prorrogação do congelamento dos preços de referência para a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, que foi iniciada em novembro. A medida reduz os repasses da alta de preços nas refinarias, já que o imposto deixa de acompanhar o preço das bombas. Mas o mercado espera novos reajustes da Petrobras, já que a defasagem entre as cotações internacionais e os valores praticados pela estatal é grande. A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) calcula que o preço da gasolina vendido no Brasil está R$ 0,27 por litro abaixo do preço de paridade de importação, que simula quanto custaria no país o produto trazido do exterior. No diesel, a diferença chega a R$ 0,39 por litro.