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Nº 5897
Economia O presidente Vladimir Putin não quer, por motivos óbvios de apocalipse, ameaçar uma guerra com armas atômicas

PUTIN DESAFIA OCIDENTE E COMANDA TESTE DE FORÇAS NUCLEARES NA CRISE COM A UCRÂNIA

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Por Folhapress | Edição do dia 19/02/2022 - Matéria atualizada em 19/02/2022 às 04h00

Moscou, Rússia – Um dia após ser acusado formalmente pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas de planejar a invasão da Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, resolveu puxar a carta nuclear na crise que se arrasta desde o fim do ano passado. O fez do tradicional modo russo: o Ministério da Defesa anunciou que o líder irá comandar pessoalmente neste sábado (19) um exercício "já previsto" envolvendo as forças estratégicas de seu país, incluindo o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro com capacidade nuclear. "O exercício de forças de dissuasão estratégica estava planejado anteriormente para checar o preparo do comando militar e de centros de controle, equipes de lançamento de combate, de navios e de mísseis estratégicos para tarefas designadas, assim como a confiabilidade das armas nucleares e não-nucleares", diz o comunicado. O palavrório resume uma das "medidas de caráter técnico-militar" que o Kremlin prometeu adotar na sua resposta à rejeição americana de seus termos para tentar driblar a crise em seus termos, no caso impedindo a entrada a Ucrânia na Otan (aliança militar ocidental), na quinta (17). Putin não quer, por motivos óbvios de apocalipse, ameaçar uma guerra com armas atômicas. Mas quer lembrar o Ocidente do arsenal que comanda, no momento em que seus repetidos anúncios de retirada de parte dos talvez 150 mil soldados que mobilizou em torno da Ucrânia são chamados de farsa por autoridades americanas. Os exercícios russo envolverá forças terrestres do Distrito Militar Sul, que faz fronteira com a Ucrânia, e de de duas frotas, a do Norte e a do Mar Negro -esta baseada na Crimeia, nas águas que banham a região em conflito.

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