Rio de Janeiro, RJ – O número de mortes em decorrência dos deslizamentos provocados pelas chuvas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, na semana passada, passou de 200 nesta quarta-feira (23), de acordo com boletim divulgado nesta tarde pela Polícia Civil. Ainda há 51 pessoas desaparecidas. Entre as pessoas mortas, há 124 mulheres e 80 homens. Do total, 39 são crianças ou adolescentes. Foram identificados 188 corpos, sendo 180 liberados e entregues a funerária, dois à disposição dos serviços funerários e seis ainda aguardam familiares para preenchimento da certidão de óbito. Sete despojos foram liberados e entregues à funerária; outros três aguardam identificação. Segundo o boletim da polícia, sete corpos que não foram reconhecidos por familiares passam por coleta de DNA. A Assistência Social atende 811 pessoas nos 13 pontos de apoio espalhados pela cidade. As pessoas que precisaram sair de suas casas por conta dos deslizamentos e não podem ser acolhidas por familiares estão sendo orientadas a se instalarem em pontos de apoio, como as escolas da cidade. Nesta quarta (23), o site UOL informou que nove equipamentos que foram instalados em 2016 pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) para acompanhar em tempo real deslizamentos de terra estão parados desde janeiro de 2018 por falta de verba do governo federal para a manutenção. Uma das ETRs (Estações Totais Robotizadas) deveria funcionar na cidade de Petrópolis. De acordo com o Cemaden -órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações-, os equipamentos precisam ser calibrados e receber manutenção periódica em laboratório para que possam funcionar. No entanto, isso não ocorreu nos últimos anos por falta de recursos. Além de Petrópolis, outras duas cidades na região serrana do Rio deveriam contar com as estações: Nova Friburgo e Teresópolis. Angra dos Reis, no litoral do estado, também deveria ter o equipamento. Completam a lista Mauá e Santos (SP), Blumenau (SC), Recife (PE) e Salvador (BA).