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Nº 5852
Economia

FENABRAVE: VENDA DE CARROS RECUAM 34% EM FEVEREIRO em AL

A venda de carros novos recuou 34,8% em Alagoas no mês de fevereiro deste ano ante o mesmo período de 2021, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O dado é referente aos automóveis chamados popularme

Por Hebert Borges | Edição do dia 09/03/2022 - Matéria atualizada em 09/03/2022 às 00h58

/Maceió, 02 de março de 2021 
Venda de carros na Importadora veículo. Localizada na Avenida Fernandes Lima, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 02 de março de 2021 
Venda de carros na Importadora veículo. Localizada na Avenida Fernandes Lima, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 20 de abril de 2020 
governo decreta a flexibilização de alguns setores como concessionárias de veículos que já pode abrir suas portas em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

A venda de carros novos recuou 34,8% em Alagoas no mês de fevereiro deste ano ante o mesmo período de 2021, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O dado é referente aos automóveis chamados popularmente de veículos de passeio. Foram comercializadas 924 unidades no mês passado, ante 1.419 em fevereiro de 2021. Os números mostram ainda retração em praticamente todos os segmentos automotivos em Alagoas no mês passado. As motocicletas, por exemplo, tiveram recuo de 5,98% nas vendas.

Foram 1.383 unidades vendidas em fevereiro deste ano e 1.471 em fevereiro de 2021. Se comparado com o mês imediatamente anterior, que é janeiro, a retração foi de 28,2%. Em janeiro foram vendidas 1.928 motocicletas em Alagoas. No cenário nacional, o desempenho confirma o pior início de ano do mercado automotivo desde 2005 e que fevereiro foi mais um mês fraco para as vendas de veículos. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 129,3 mil unidades foram emplacadas no mês passado, 22,8% a menos do que no segundo mês de 2021.

Ainda que levemente superior - alta de 2,2% - ao modesto total de janeiro, o resultado reforça os sinais de fragilidade de demanda em meio à combinação de menor disponibilidade de renda dos consumidores com aumento no custo de aquisição dos veículos, tanto nas tabelas de preços das revendas quanto nos financiamentos dos bancos. A produção das montadoras continua comprometida pela irregularidade no abastecimento de componentes eletrônicos, porém as vendas têm sido inferiores à limitada oferta de carros. Os 255,8 mil veículos emplacados nos dois primeiros meses do ano ficaram 24,4% abaixo de 2021 e representam o pior primeiro bimestre em 17 anos. O balanço mostra que, somente no mercado de carros de passeio e comerciais leves, como picapes e vans, as vendas caíram 24% em relação a fevereiro de 2021, somando 120,2 mil unidades.

Contra janeiro, houve alta de 3,1% no segmento. A liderança neste ano segue com a Fiat, marca de 21% do total vendido entre janeiro e fevereiro, seguida por General Motors (12,9%), Hyundai (11%) e Volkswagen (10,4%). As vendas de caminhões, um total de 8 mil unidades, seguem na contramão, com alta de 3,2% frente a fevereiro de 2021. Na comparação com janeiro, no entanto, as vendas de caminhões caíram 6,5%. O balanço da Fenabrave mostra ainda queda de 21,4% das vendas de ônibus em relação a fevereiro do ano passado. Frente a janeiro, as entregas de coletivos (1,1 mil unidades) tiveram baixa de 17,9%.

O corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promovido pelo governo na semana passada - de 18,5% no caso dos automóveis - pode ajudar a tirar o setor do estado de letargia, ainda que seus efeitos possam ser atenuados por uma aguardada puxada da inflação global com a guerra na Ucrânia. Estimativas de consultorias como Bright Consulting e Jato Dynamics apontam para vendas adicionais na faixa de 100 mil a 200 mil veículos durante o ano em razão do imposto mais baixo. Segundo a Bright, a redução do IPI permitirá ao mercado praticar descontos entre 1,7% e 1,8%, na média, nos preços dos carros.

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