Brasília - O ministro do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral,  solicitou, ontem, aos representantes de montadoras de veículos  instaladas no Brasil que façam  uma análise da possibilidade e do interesse em ampliar a produção de veículos e motores a álcool para o mercado nacional e, principalmente, para exportação. O pedido foi feito em reunião com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea), Ricardo Carvalho, e com representantes de oito montadoras e de fábricas de autopeças. No encontro, o ministro Amaral explicou aos empresários que está sendo aberto um amplo mercado externo para carros a álcool e equipamentos destinados a usinas. Amaral se disse especialmente impressionado com o programa criado há dois meses na Índia, onde estão sendo acrescidos 5% de álcool ao diesel. Os indianos estariam ainda interessados em construir 20 grandes usinas de álcool ou 40 estabelecimentos médios. A preocupação dos indianos é não apenas ambiental, mas também de reduzir a dependência do petróleo. Segundo assessores de Amaral, políticas semelhantes estão sendo estudadas no Japão e na China. A Anfavea ficou de estudar o assunto. A falta de credibilidade do abastecimento é o grande empecilho a que a indústria aumente a produção de veículos movidos a álcool, segundo o presidente da Anfavea. Ele afirmou que o setor trabalha com ociosidade de 40% e que o carro a álcool poderia ser um segmento que permitiria ampliar a produção. Mas ele lembrou que a crise do programa do àlcool (Proalcool), ocorrida após o seu auge, registrado na década de 80, afastou os consumidores.