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Nº 5698
Economia

PIB de Alagoas recua 4,2% e fecha 2020 em R$ 63,2 bilhões, diz IBGE

Volume representa uma participação de 0,8% no conjunto de riquezas do País, que atingiu um PIB de 7,6 trilhões —uma retração de 3,3%

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 17/11/2022 - Matéria atualizada em 17/11/2022 às 06h47

Em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 invadiu todos os países do mundo, causando prejuízos sociais e econômicos, o Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas registrou uma retração de 4,2%, na comparação com o ano anterior, segundo levantamento sobre as Contas Regionais divulgado nesta quarta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, no primeiro ano da pandemia de Covid, Alagoas registrou um PIB de R$ 63,2 bilhões, o que representa uma participação de 0,8% no conjunto de riquezas do País, que atingiu um PIB de 7,6 trilhões —uma retração de 3,3% na comparação com o resultado de 2019. Segundo o IBGE, o conjunto de riquezas produzidas em Alagoas em 2020 está em 20º do País. São Paulo, que registrou um PIB de R$ 2,3 trilhões —o equivalente a 31,8% do PIB brasileiro, encabeça o ranking, seguido do Rio de Janeiro (R$ 753,8 bilhões ou 10,6% da participação nacional) e Minas Gerais (R$ 682,7 bilhões ou 8,8%). O levantamento do IBGE revela que a queda do PIB alagoano foi puxada pelos setores de serviços e indústria, que tiveram uma retração de 5,7% e 4,2%, respectivamente. Em contrapartida, a agropecuária registrou uma alta de 1,1% ante 2019. Em 2020, Alagoas registrou um PIB per capita de R$ 18,8 mil, ocupando o 22º lugar entre as unidades da Federal. Naquele ano, o PIB per capita nacional foi de R$ 35,9 mil. O Distrito Federal ocupa o primeiro lugar no ranking, com PIB per capita de R$ 87 mil, seguido de São Paulo (R$ 51,3 mil), Mato Grosso (R$ 50,6 mil), Santa Catarina (48,1 mil) e Mato Grosso do Sul (R$ 43,6 mil). Entre os estados com o menor PIB per capita em 2020, Piauí e Maranhão ocuparam a 26ª e a 27ª posições, respectivamente. Abaixo da vigésima posição no ranking, estão quase exclusivamente estados do Nordeste, sendo o Acre a única exceção, no 23º lugar.

Em todo o País, o PIB caiu em 24 das 27 unidades da federação. Somente dois estados conseguiram registrar variações positivas em 2020: Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%). Mato Grosso (0%) foi o único a mostrar estabilidade. Houve influência da agropecuária nesses três locais, apontou o IBGE. O ano de 2020 foi marcado por boas condições de safra em estados produtores, com exceção do Rio Grande do Sul, e preços elevados de commodities agrícolas como soja e milho. Em outras palavras, o desempenho do campo atenuou efeitos negativos da pandemia sobre a atividade econômica nas cidades. Conforme o IBGE, 12 estados amargaram baixas mais intensas do que o recuo do PIB na média nacional (-3,3%). O Rio Grande do Sul teve a maior retração (-7,2%). Ceará (-5,7%), Rio Grande do Norte (-5%), Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%) vieram na sequência.

O ano inicial da crise sanitária forçou a adoção de medidas de isolamento social em centros urbanos. A baixa circulação de pessoas derrubou setores dependentes da interação direta com consumidores. Foi o caso de parte dos serviços, o principal segmento da economia nacional. Entram nessa lista bares, hotéis, restaurantes, escolas e comércios.

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