Onze mil trabalhadores deixam fila do desemprego em Alagoas
Os dados mostram que Alagoas tem 847 mil empregados, 37 mil empregadores e 316 mil informais
Por Hebert Borges | Edição do dia 18/11/2022 - Matéria atualizada em 18/11/2022 às 07h16
O desemprego recuou 7% em Alagoas no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nessa quinta-feira (17). Ao todo, Alagoas fechou o terceiro trimestre com 138 mil desempregados, ante 149 mil no segundo trimestre. Ou seja, 11 mil pessoas saíram do desemprego no Estado. Os dados mostram então que a taxa de desemprego em Alagoas recuou de 11,1% para 10,1%. Quando os dados são comparados com o mesmo período do ano anterior a redução no número de desempregados é ainda maior, tendo em vista que eram 231 mil nessa condição naquele período. Em relação ao número de pessoas ocupadas, saiu de 1,192 milhão para 1,226 milhão. A taxa de ocupação passou de 45,4 para 46,6. Os dados mostram que Alagoas tem 847 mil empregados, 37 mil empregadores e 316 mil informais. O setor privado emprega 531 mil pessoas em Alagoas, já o setor público emprega 232 mil pessoas. Em todo o Brasil, a taxa de desemprego caiu em seis estados e ficou estável em 21 unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses imediatamente anteriores. As reduções na taxa na comparação com o trimestre anterior foram registradas por Paraná (-0,8 ponto percentual), Minas Gerais (-0,9 p.p.), Maranhão (-1,1 p.p.), Acre (-1,8 p.p.), Ceará (-1,8 p.p.) e Rondônia (-1,9 p.p.). Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. O levantamento retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos. No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 8,7% no terceiro trimestre. É o menor patamar desde o segundo trimestre de 2015 (8,4%). Já o número de desempregados no país recuou para 9,5 milhões. É o menor nível desde dezembro de 2015 (9,2 milhões). Segundo as estatísticas oficiais, a população desocupada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo. Após os estragos causados pela pandemia, o mercado de trabalho foi beneficiado pela vacinação contra a Covid-19. O processo de imunização permitiu a reabertura dos negócios e a volta da circulação de pessoas. Às vésperas das eleições, o governo Jair Bolsonaro (PL) também buscou aquecer a economia com liberação de recursos, cortes de impostos e ampliação do Auxílio Brasil. A queda do desemprego, a partir do ano passado, foi acompanhada pela criação de vagas com salários mais baixos na média. A renda ficou fragilizada em um contexto de inflação elevada, e só começou a dar sinais de melhora recentemente. Economistas veem chance de a taxa de desocupação ficar mais próxima de 8% até dezembro no Brasil. A reta final do ano costuma ser marcada por contratações temporárias em razão da demanda sazonal em setores como o comércio. O varejo brasileiro deve contratar 109,4 mil trabalhadores temporários para o Natal de 2022, conforme projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Se a previsão for confirmada, será o maior número em nove anos -ou desde 2013. Em 2023, a retomada do mercado de trabalho tende a perder ímpeto, sinalizam economistas. Pesa nessa avaliação o efeito dos juros elevados, que desafia os investimentos produtivos das empresas e o consumo das famílias.