Uma pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) registrou uma queda de 9,89% no preço de doze itens da cesta de alimentos básicos de largo consumo. Os dados, divulgados pela CNN Brasil, comparam setembro com o último levantamento, que ocorreu em julho deste ano. Nos supermercados de Maceió, os consumidores já sentem o reflexo da queda nos principais alimentos servidos à mesa. De acordo com a pesquisa, as maiores baixas foram verificadas no leite longa vida (-15,49%), no óleo de soja (-11,83%), no feijão (-10,17%), no açúcar refinado (-2,17%), na carne bovina (-1,49%), no café moído (-1,26%) e no arroz (-1,06%). A dona de casa Isabel Lopes diz que sentiu a baixa no preço principalmente no leite longa vida, arroz e feijão. “O leite de caixinha que eu comprava por R$ 7,99 agora encontro por R$ 5,99. Está saindo mais em conta do que comprar leite em pó. Para quem compra em grande quantidade também está mais barato. Tinha feijão de até R$12 e agora por R$7. Não baixa toda semana, mas teve queda no preço e isso é visível em todo lugar”. Por outro lado, a pesquisa registrou alta nos preços da farinha de mandioca (5,41%), farinha de trigo (3,58%), queijo (3,13%), macarrão (1,77%) e margarina (1,41%). Luciene da Silva afirma que o preço dos derivados do leite continua alto. “Alguns itens estão mais baratos, os mais básicos, mas os derivados do leite, por exemplo, continuam altos. Eu optei por fazer compras semanais para levar mais produtos em promoção, além disso, compro em três ou quatro supermercados diferentes. Isso dá uma margem melhor nos preços”. No supermercado Super Giro que fica no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió, a compra da cesta básica, que havia diminuído em virtude da alta nos preços, voltou à normalidade. É o que garante o gerente Alissandro Melo. “Temos clientes específicos que vendemos cestas básicas, que eles doam para instituições de caridade e alguns deles chegaram a aumentar agora as compras, porque o preço maior limitava esse cliente de comprar e doar a mais. Tinha cliente que doava 26 e passou a doar 15, agora voltou à normalidade. A queda não foi tão grande, mas é perceptível”, afirma. “Com a baixa dos combustíveis também, já que tudo depende de transporte, a maioria não é produção local, vem de outros estados, com a redução dos combustíveis, também teve uma baixa porque o transporte incide no preço do produto. É tendência que se a gasolina se mantiver baixa após as eleições, até porque é uma lei que foi aprovada, os preços continuem caindo. A gente percebe que nesses dois primeiros meses estamos estáveis”, disse Alissandro.
O gerente ressalta que o preço é passado para o consumidor e que as promoções são a chave para economizar. “Tentamos dar ênfases em ações semanais, com dia da carne, hortifruti, isso ressalta a qualidade dos nossos produtos. Os desafios são grandes, o varejo cresceu muito, mas a concorrência é benéfica para o consumidor”.