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GRANDE MACEIÓ E ARAPIRACA CONCENTRAM AS MAIORES RENDAS

Os dados mostram que os moradores da capital lideram o ranking, com renda média de R$ 1.268

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Estudo preparado pela Fundação Getúlio Vargas e intitulado “Mapa da Riqueza” aponta que municípios da Grande Maceió e Arapiraca ainda concentram as maiores rendas médias de Alagoas. Os dados são referentes a 2020 e mostram que os moradores da capital lideram o ranking, com renda média de R$ 1.268. Ainda assim, entre os municípios brasileiros, esta é apenas a 467ª maior renda média. O estudo mostra que o patrimônio líquida média da população em Maceió é de R$ 34 mil. Logo em seguida, após Maceió, é Marechal Deodoro que registra a 2ª maior renda média do estado, com R$ 746. Em terceiro lugar está Arapiraca, no Agreste do estado e segunda maior cidade de Alagoas. Por lá, os moradores possuem renda média de R$ 558. O patrimônio líquido médio dos arapiraquenses é de R$ 12, ligeiramente menor que os de Marechal Deodoro, que é R$ 13 mil. Já as piores situações de Alagoas são registradas em municípios da Zona da Mata e Sertão de Alagoas. A pior situação é Joaquim Gomes, na Zona da Mata, onde a renda média é de R$ 63. Logo em seguida aparece Poço das Trincheiras, no Sertão, com R$ 66. Fechando o ranking está Branquinha, com R$ 70. O Mapa da Riqueza mostra, ainda, que o Distrito Federal continua sendo a unidade da federação com maior renda per capita do país — com R$ 3.148 — e patrimônio declarado — R$ 94.684 — , enquanto Maranhão, com respectivamente R$ 409 e R$ 6.329, se mantém como o mais pobre. No topo, aparece São Paulo em segundo lugar, com renda média da população de R$ 2.093 e patrimônio de R$ 90.776, seguido pelo Rio de Janeiro com renda per capita de R% 1.754 e patrimônio de R$ 63.128. Os dados do estudo mostram, no entanto, que uma grande parte da população não chega nem mesmo a alcançar renda suficiente para declarar o imposto de renda. Em 24 das 27 unidades da federação e 16 das capitais brasileiras, 80% ou mais da população não fez a declaração, mostrando que tem renda menor do que R$ 2 mil. Ao mesmo tempo, o estudo mostra bolsões de riqueza pelo país. No Distrito Federal, os moradores do bairro Lago Sul tem renda média próxima dos R$ 40 mil, e o patrimônio em torno de R$ 1,4 milhão de — maior do que a renda de qualquer município brasileiro. Entre os 20 municípios mais ricos do país com população acima de 50 mil habitantes, todos são nas regiões Sul e Sudeste — Nova Lima (MG), com renda média de R$ 8.897 está em primeiro lugar — enquanto os 10 mais pobres, também com população acima de 50 mil pessoas, ficam nas regiões Norte e Nordeste. Brejo da Madre de Deus (PE) tem a menor renda per capita, R$ 659. No Brasil, entre os municípios acima de 50 mil habitantes aqueles que têm a maior renda média da população, e não dos declarantes do IPRF especificamente, são Nova Lima (MG), R$ 8.897; Santana do Parnaíba (SP), R$ 5.791; São Caetano do Sul, R$ 4.698; Florianópolis, R$ 4.212,67; Niterói, R$ 4.192; e Santos, R$ 3.783. Por outro lado, as cidades com menor renda média entre a população, com mais de 50 mil habitantes, são Ipixuna do Pará (PA), R$ 70,63; Viseu (PA), R$ 94,79; Granja (CE), 96,52; Buíque (PE), R$ 97,07; e Vargem Grande (MA), R$ 98,68. Com base nos dados coletados, os autores do levantamento chegaram à conclusão de que “a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado”. Os responsáveis pela pesquisa explicam que “os dados do Imposto de IRPF gerados pela RFB nos permitem captar a renda dos mais ricos brasileiros, que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade”. “Assim, podemos pensar os critérios para declaração do imposto de renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no país com maior poder de compra”, completam os pesquisadores. E os pesquisadores concluíram que a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a base de dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). E se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. “Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia. Pela abordagem usual, o índice de Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases, o Gini sobe de 0,7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia”.

Outro objetivo do estudo foi mapear os fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. Esta análise é útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio. “Assim, podemos pensar os critériospara declaração do imposto de renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no país com maior poder de compra”, ressalta Marcelo Neri, que fez a pesquisa.

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