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Nº 5897
Economia

PAGAMENTO DE SEGURO EM ALAGOAS MOVIMENTA R$ 423 MILHÕES EM 2022

Montante liberado no ano passado é 81,4% superior ao de 2021 e demonstra alta nesses pagamentos no mercado alagoano

Por ANNA CLÁUDIA ALMEIDA | Edição do dia 24/03/2023 - Matéria atualizada em 24/03/2023 às 18h28

O pagamento das indenizações, benefícios, sorteios e resgates (sem Saúde, sem DPVAT e sem VGBL) referente ao mercado de seguros de Alagoas chegou a um total de R$ 423,7 milhões em 2022. Este montante é 81,4% superior a 2021. Os dados que demonstram a alta nestes pagamentos no mercado alagoano são da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e foram divulgados nesta quinta-feira (23), durante o Encontro Setorial do Nordeste, realizado no Recife. O destaque ficou para o ramo de Danos e Responsabilidades – sem DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de via Terrestre) – com o pagamento de R$ 228,5 milhões, um crescimento de 599,7%. Nesse segmento, os destaques foram os ramos Responsabilidade Civil (+1.073,7%), com R$ 4,8 milhões, e Patrimonial (+274,7%), com R$ 38,8 milhões.

A arrecadação do setor (sem Saúde e sem DPVAT), no estado de Alagoas, comparando 2022 e 2021, apresentou um crescimento de 10,4%, com R$1,7 bilhão. O segmento de Capitalização cresceu em 56,6%, chegando a um valor de R$ 133,2 milhões, seguido pelo Danos e Responsabilidades (sem DPVAT), com alta de 31,6%, ou seja, R$ 462,2 milhões. Os produtos de seguro que tiveram maior destaque foram: Responsabilidade Civil, que apresentou um crescimento de 68,2% (R$ 6,9 milhões), seguido pelo Rural, que cresceu 57,9% (R$ 13,6 milhões). O ramo de Crédito e Garantia também teve um bom desempenho, com um aumento de 50,4% (R$ 11,4 milhões) na arrecadação, e, por fim, Automóvel com 46,1% (R$ 286,1 milhões) de avanço. Segundo o presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, o mercado de seguros vem crescendo constantemente, ano a ano. “Estamos cientes dos desafios e do trabalho que precisam ser realizados, principalmente no que diz respeito à capacitação de todo o nosso ecossistema, visando fortalecer ainda mais o entendimento de que o seguro é uma proteção indispensável para a sociedade e para a economia como um todo”. Nacionalmente, a indústria do seguro se manteve em alta. O pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT) somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021. Quando falamos em arrecadação, o setor viu a demanda avançar 16,2% em relação ao ano de 2021, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT). O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, explica que os dados indicam uma tendência de crescimento mais equilibrado. Ele ainda considera que o ano de 2022 foi bastante positivo. “As indenizações cresceram em linha com a arrecadação, mantendo assim um mercado saudável”, enfatiza. O desenvolvimento da indústria de seguros é um dos temas abordados no Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), que tem o objetivo de aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB. Dyogo Oliveira, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030. “O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, finalizou.

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