Gastos
REFEIÇÃO FORA DE CASA EM MACEIÓ É A 5ª MAIS BARATA DO BRASIL
Em todo o país, o preço médio da refeição fora de casa no ano passado foi de R$ 40,64; no Nordeste, o valor médio foi de R$ 40,28

Comer fora de casa é uma realidade diária para milhares de alagoanos que precisam enfrentar longas jornadas de trabalho, e esse hábito consome parte da renda desses trabalhadores. Ainda assim, levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios (ABBT) aponta que a refeição fora de casa em Maceió é a 5ª mais barata entre as capitais e a 2ª menor entre as capitais nordestinas, com preço médio de R$ 34,76. Em todo o Brasil, o preço médio da refeição fora de casa em 2022 foi de R$ 40,64. No Nordeste, o valor médio foi de R$ 40,28. Esse valor para comer na rua cresceu 17,4% em relação ao período pré-pandemia, em 2019. O estudo foi divulgado em março passado e leva em conta informações de 51 municípios, mais o Distrito Federal. Em Maceió, o almoço mais caro é o à la carte, que registrou preço médio de R$ 59,47. Já o mais em conta é o almoço a quilo, o self-service, que teve preço médio de R$ 32,09. O almoço executivo ficou em R$ 37,78 e o prato feito R$ 35,18. A pesquisa foi feita em restaurantes, lanchonetes e padarias que aceitam vale-refeição e usou como base o Programa de Alimentação do Trabalhador, que oferece prato principal de quinhentos gramas, bebida, sobremesa, mais o cafezinho. Também foram considerados os preços de quatro categorias de refeição: desde o “comercial”, considerado mais barato, até o “a la carte”, mais caro. A região mais cara para se comer fora de casa é a Sudeste, com preço médio de R$ 42,83. A mais barata é a Centro Oeste: R$ 34,20. Entre as capitais, São Luís é a mais cara do país para se fazer uma refeição completa: R$ 51. A capital maranhense é seguida por Rio de Janeiro, Florianópolis e Aracaju, onde os custos giram entre R$ 47 e R$ 46, em média. Já a capital mais barata para se comer na rua é Goiânia, cerca de R$ 27. Segundo a pesquisa da ABBT, essa variação de preços por cidade reflete as diferenças de custos da cadeia de distribuição e de restaurantes, como gás de cozinha, energia elétrica, além do frete para o transporte de alimentos. A diretora-executiva da Associação, Jessica Srour, argumenta que os restaurantes estão evitando repassar o aumento dos custos para os clientes. Uma pesquisa da empresa Sodexo Benefícios e Incentivos mostra que o saldo do crédito do vale-refeição tem durado apenas 11 dias, em média — dois dias a menos do que durava no ano passado. Este é um reflexo de juros e inflação altos, diz a empresa. Visto que as empresas calculam o pagamento para 22 dias úteis por mês, a pesquisa mostra que os trabalhadores têm que pagar por conta própria metade das refeições que fazem no mês. Segundo a Sodexo, a duração média do vale-refeição antes da pandemia, em 2019, era de 18 dias. Segundo o levantamento, empresas de todos os portes aumentaram os valores dos benefícios neste ano em relação ao ano passado. Mas o dado mostra que o aumento do valor não tem acompanhado o aumento do custo médio das refeições fora de casa.