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Nº 5790
Economia Rebanho bovino de Alagoas atinge número recorde, segundo levantamento do IBGE

REBANHO BOVINO DE AL ALCANÇA A MAIOR MARCA DA HISTÓRIA, DIZ IBGE

De acordo com o instituto, o estado tem 1.335.493 cabeças de gado, alta de 1% em relação ano anterior, que tinha 14.257 cabeças a menos

Por Hebert Borges | Edição do dia 23/09/2023 - Matéria atualizada em 23/09/2023 às 04h00

O rebanho bovino de Alagoas chegou à maior marca da história em 2022, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada na última quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, Alagoas tem 1.335.493 cabeças de gado. Na comparação com 2021, houve aumento de 1%, que em números absolutos dá 14.257 cabeças a mais.

No entanto, em número de animais, o maior rebanho de Alagoas é de galinhas, que fechou 2022 com 2.389.198 cabeças. O contingente é o segundo maior da série histórica, que começou em 1974. O maior contingente de galinhas em Alagoas foi registrado em 1979, quando o estado registrou 2.408.110.

Outro rebanho que registrou recorde foi o de equinos, que assim como de bovinos, alcançou a maior marca da história em 2022, com 96.362 cabeças. Desde 2019 que o estado passou a marca de 90 mil cabeças e não mais caiu. Já o rebanho de suínos, após apresentar a maior marca da história em 2021, com 337.054 cabeças, apresentou recuou em 2022 e ficou em 336.451.

Em nível nacional, em 2022 o rebanho bovino cresceu pelo quarto ano consecutivo e alcançou novo recorde da série histórica, com crescimento de 4,3% e 234,4 milhões de cabeças.

“A produção de bovinos vem aumentando, desde 2019, devido aos bons preços da arroba e do bezerro vivo. Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Ainda temos em 2022, uma consequência desse comportamento iniciado no final de 2019. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta Mariana Oliveira, analista da PPM.

Todos os efetivos animais apresentaram crescimento, à exceção de codornas (-8,2%). Os plantéis de bovinos e suínos aumentaram 4,3% cada um; o de bubalinos 3,0%; equinos, 0,9%; caprinos, 3,9%; ovinos, 4,7%; galináceos, 3,8%; e galinhas, 2,4%. Houve ainda recorde nas produções de mel, que cresceu 9,5%, e de ovos de galinha com alta de 1,3%.

“Com a demanda interna enfraquecida e poder de compra da população reduzido, a exportação de produtos pecuários, sobretudo as carnes, foi a alternativa adotada para o escoamento da produção. As exportações atingiram um recorde e a China consolidou-se como importante mercado para as carnes, seja ela de frangos, suínos ou bovinos”, analisa Mariana Oliveira.

O rebanho bovino cresceu em todas as Grandes Regiões em 2022. Mato Grosso lidera com 34,2 milhões de cabeças, ou 14,6% do efetivo nacional. Em seguida veio o Pará (10,6%) ultrapassando Goiás (10,4%). No ranking municipal, São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança, alcançando 2,5 milhões de cabeças.

O rebanho de suínos cresceu 4,3% em 2022, chegando ao recorde de 44,4 milhões de animais. A Região Sul reúne 51,9% do efetivo nacional. Com a Peste Suína Africana na China, o crescimento do rebanho de matrizes e de suínos foi estimulado, e passamos a ter a China como principal destino das nossas exportações de carne. Além disso, as associações ligadas ao setor vêm trabalhando para reduzir os gargalos no consumo interno de carne suína, trazendo novos cortes e facilidades no preparo, e o consumo per capita nacional vem crescendo.

O efetivo de galináceos subiu 3,8% também atingindo o recorde de 1,6 bilhão de animais, com destaque para o Paraná com 470,3 milhões (29,7%). A Região Sul lidera com 49,3%. O Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a Região Sul, liderada pelo Paraná, concentra a maior parte do abate de frangos do Brasil. Em 2022, o Brasil teve incrementos no abate e nas exportações, esta última influenciada pelos casos de gripe aviária nos principais países produtores de frangos, visto que o Brasil é livre da doença.

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