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RENDA FIXA É INVESTIMENTO FAVORITO DOS ALAGOANOS, DIZ LEVANTAMENTO

Modalidade corresponde a 43,1% das carteiras de investimentos no estado no primeiro semestre de 2023

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Segundo dados da B3, 36.528 alagoanos investem seu dinheiro na bolsa brasileira
Segundo dados da B3, 36.528 alagoanos investem seu dinheiro na bolsa brasileira -

Levantamento do Banco Santander divulgado na terça-feira (3) aponta que o investimento em renda fixa é o preferido dos alagoanos, compondo 43,1% das carteiras de investimentos em Alagoas no primeiro semestre deste ano, um incremento de nove pontos percentuais em relação ao primeiro semestre do ano passado. Já a poupança ficou estagnada, com acréscimo de apenas 0,1 ponto percentual, e presente em 16% das carteiras de investimentos de alagoanos.

O desempenho do primeiro semestre deste ano reforçou a tendência de predomínio da renda fixa. A poupança fica apenas no terceiro posto de preferência quando o assunto é investimento, com 16%, atrás da Previdência, com 19,6%, mas que sofreu uma queda, no período avaliado.

A renda fixa engloba Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) e foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.

INVESTIMENTOS

Números da B3, a bolsa de valores brasileira, apontam que, até a terça-feira (3), 36.528 alagoanos investem seu dinheiro na bolsa. A maioria é de homens (28.785), ante 7.743 mulheres. Em termos de valores, juntos, os alagoanos investem R$ 1,22 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão nas contas dos homens e R$ 220 milhões nas contas com mulheres na titularidade. O investimento dos alagoanos representa 0,24% do total nacional.

No cenário nacional, mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. O levantamento mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como CDBs, LCIs, LCAs e as LIGs.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente.

Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.

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