Levantamento divulgado nesta quarta-feira (25), pelo órgão de defesa do consumidor (Procon) de Maceió, revela que o preço da cesta básica vendida na capital alagoana registrou uma variação de até 148,4% em outubro. De acordo com a pesquisa, feita em seis estabelecimentos comerciais da cidade, o valor dos 13 itens que compõem o conjunto de alimentos varia de R$ 55,12 a R$ 136,97.
Na comparação com a pesquisa realizada pelo órgão no mês anterior, houve aumento de 34,7% quando comparadas as maiores variações da cesta. Em setembro, o valor máximo do grupo de alimentos era de R$ 101,61. Já na comparação com o preço mínimo - que em setembro era de R$ 53,67 - houve uma leve alta de 2,7%.
Na comparação por produtos, a farinha de milho flocada foi a que apresentou a maior variação de preços, saltando do mínimo de R$ 0,95 para o máximo de R$ 783,1%. Em seguida aparecem o arroz parbolizado, com diferença de até 531%, macarrão (358%), farinha de mandioca (316,1%) e leite em pó 200g (298%). Entre os produtos que apresentaram a menor variação estão o óleo de soja, cujo preço varia entre R$ 5,89 e R$ 8,90 — uma disparidade de 51,1% —, margarina 250g (154,5%), bolacha cream cracker (114,7%) e leite líquido (114,2%).
De acordo com a diretora executiva do Procon Maceió, Cecília Wanderley, o intuito de realizar e divulgar a pesquisa é comparar os preços dos estabelecimentos. “Nossa intenção é também facilitar, para que os consumidores possam economizar nas compras”, pontuou.
Em nível nacional, o preço da cesta básica de alimentos caiu em 14 capitais do país no mês de setembro em comparação a agosto, segundo a mais recente pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais - Maceió não está incluída na relação.
As maiores quedas ocorreram em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,4%), e Campo Grande (-2,3%). As principais elevações ocorreram em Vitória (3,1%), Natal (3%) e Florianópolis (0,5%).
Florianópolis foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 747,64, seguida de Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77) e do Rio de Janeiro (R$ 719,92). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
Diferente da cesta básica calculada pelo Procon Maceió — cujo valor se refere a apenas uma quantidade —os preços da cesta analisados pelo Dieese se referem aos 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, daí os preços mais elevados na comparação com a cesta alagoana. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.
Comparando o preço da cesta básica de setembro de 2023 com o do mesmo mês de 2022, houve queda em oito capitais, com variações que oscilaram entre -4,9%, em Campo Grande, e -0,3%, em Porto Alegre. Nove capitais apresentaram elevação no preço, com destaque para os percentuais de Fortaleza (3,1%), Natal (3%) e Aracaju (2,6%).
No acumulado dos nove primeiros meses do ano (de janeiro a setembro), o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, com destaque para as quedas em Goiânia (-10,4%), Campo Grande (-9,2%) e Brasília (-9,1%). Os maiores aumentos foram registrados em Natal (2,5%), Aracaju (2,1%) e Recife (0,9%).
VEJA ABAIXO A VARIAÇÃO DOS VALORES POR PRODUTO (EM %):
Farinha de milho flocada — 783,1%
Arroz parbolizado — 531%
Macarrão — 358%
Farinha de mandioca — 316,1%
Leite em pó 200g — 298%
Feijão carioca — 216,4%
Manteiga 200g — 212,8%
Açúcar refinado — 197,7%
Café em pó — 177%
Margarina 250g — 154,5%
Bolacha cream cracker — 114,7%
Leite líquido — 114,2%
Óleo de soja — 51,1%