app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5870
Economia

D�lar tem maior cota��o em seis meses e fecha a R$ 2,521

Mergulhado em rumores, principalmente sobre o cenário da sucessão presidencial, o mercado fechou, ontem, com a maior alta na cotação do dólar em seis meses. A moeda norte-americana terminou a segunda-feira acima de 2,50 reais pela primeira vez desde o f

Por | Edição do dia 14/05/2002 - Matéria atualizada em 14/05/2002 às 00h00

Mergulhado em rumores, principalmente sobre o cenário da sucessão presidencial, o mercado fechou, ontem, com a maior alta na cotação do dólar em seis meses. A moeda norte-americana terminou a segunda-feira acima de 2,50 reais pela primeira vez desde o final de novembro. O dólar fechou em sua maior cotação do dia, vendido por R$ 2,521 (compra a R$ 2,519) pela taxa do Banco Central, 2,35% acima do fechamento de sexta-feira. Neste patamar, a valorização acumulada pelo dólar neste mês subiu para 6,69% e no ano, para 8,86%. Alguns profissionais de mercado se mostraram surpresos com o comportamento do câmbio. O nervosismo foi atribuído à cena política, às declarações do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, à expectativa de vencimentos do setor privado nesta semana e ao relatório do banco de investimentos Morgan Stanley. “Não há nenhuma razão específica (para o movimento). É o clima de muito nervosismo e o mercado que está carente de boas notícias”, comentou Sérgio Machado, diretor-executivo de tesouraria do Banco Fator. “E o movimento de moedas tende a ter um coeficiente de retroalimentação. É um pouco do efeito manada”, explicou. Machado lembrou que na semana passada rumores sobre pesquisas eleitorais pesavam sobre os mercados - e não foram confirmados. “O mercado digeriu pouco (o noticiário menos pesado do que se esperava)”, disse. “Zunzunzuns” sobre pesquisas eleitorais têm pesado sobre os mercados há algumas semanas. O último levantamento divulgado não correspondeu aos comentários de operadores, que falavam em José Serra do PSDB em terceiro lugar. Os dados mostraram o presidenciável do governo em segundo lugar. O pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, permaneceu na primeira posição. As declaração de Fraga ao  jornal Bom dia Brasil, da TV Globo, também colocaram mais “lenha na fogueira”. Embora o presidente do BC tenha dado sinais de que pode voltar a cortar o juro, ele também demonstrou muita preocupação com a sucessão presidencial e a continuidade da política monetária. Ainda na cena doméstica, o mercado estima que tenha cerca de US$ 800 milhões do setor privado vencendo nesta semana. A preocupação é saber como os compromissos serão honrados, com resgates ou rolagens dos papéis.

Mais matérias
desta edição