BNDES financia projeto da Petrobras
| JANAINA LAGE Folha Online Os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras assinaram, na última semana, três contratos de financiamento de projetos de investimento no setor de petróleo e gás. O financiament
Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00
| JANAINA LAGE Folha Online Os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras assinaram, na última semana, três contratos de financiamento de projetos de investimento no setor de petróleo e gás. O financiamento da plataforma P-51 obteve do banco de fomento empréstimo de US$ 402 milhões. Os dois outros contratos de financiamento somam recursos no total de R$ 1,6 bilhão e serão aplicados na construção do gasoduto Cabiúnas (RJ) Vitória (ES), integrante do Projeto Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene) e na instalação do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, na Amazônia. A plataforma P-51 será destinada à produção de petróleo e gás no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e produzirá 180 mil barris de petróleo por dia e seis milhões de metros cúbicos de gás natural/dia. O investimento total é de US$ 774 milhões. Os desembolsos do BNDES à P-51 terão início em janeiro de 2006. A plataforma deverá entrar em operação em junho de 2008. O financiamento do BNDES inclui um percentual de 60% de índice de nacionalização em máquinas e equipamentos usados no projeto. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a plataforma dará sustentabilidade à auto-suficiência na produção de petróleo, que deve ser atingida em 2006. Ele destacou o peso das contratações da Petrobras na economia. As encomendas da estatal vão gerar R$ 180 bilhões, o equivalente a cerca de 10% da riqueza produzida no País. Gasodutos O trecho Cabiúnas-Vitória (298 km) do Gasene vai receber financiamento de R$ 800 milhões. O empréstimo tem prazo de até 12 meses e será concedido à Transportadora Gasene, uma sociedade de propósito específico criada em março de 2005, que será a proprietária dos ativos do projeto. O projeto é considerado estratégico para garantir o suprimento de gás natural para a malha de gasodutos da região Sudeste e permitir o escoamento da produção de gás associado dos campos da Bacia do Espírito Santo, viabilizando investimentos adicionais em exploração e produção na região.