Pre�o dos combust�veis pode mudar diariamente
A Petrobras encomendou um estudo que mostrou a possibilidade de fazer revisões mais freqüentes no preço dos combustíveis, mas a assessoria da empresa descartou alterações no atual sistema de ajustes durante o período de transição de abertura do mercado, q
Por | Edição do dia 22/05/2002 - Matéria atualizada em 22/05/2002 às 00h00
A Petrobras encomendou um estudo que mostrou a possibilidade de fazer revisões mais freqüentes no preço dos combustíveis, mas a assessoria da empresa descartou alterações no atual sistema de ajustes durante o período de transição de abertura do mercado, que termina em junho. O consumidor sente mais no bolso quando os reajustes acontecem em períodos mais longos, com menos freqüência, como está ocorrendo agora no Brasil, disse o gerente de mercado interno da Petrobras, Alípio Ferreira Pinto, durante o 9º Congresso Brasileiro de Energia. Não há uma decisão tomada, mas é claro que um reajuste com mais freqüência e menor magnitude traz menos perturbação para o consumidor, defendeu ele, admitindo, inclusive, a possibilidade de realizar reajustes diários. Após a palestra do funcionário da Petrobras, a assessoria de imprensa da estatal divulgou uma nota reafirmando que a estatal não está estudando reajustes diários nos preços dos combustíveis. A sistemática atual está mantida pelo prazo de 90 dias, divulgado por ocasião do reajuste dos preços do diesel, em 28 de março, e da gasolina, em 6 de abril, afirmou a assessoria, acrescentando, no entanto, que decorrido esse prazo a sistemática poderá ser reavaliada. Depois da liberação da importação de derivados de petróleo, em 1o de janeiro, a Petrobras passou a praticar reajustes quinzenais da variação do preço do combustível no mercado internacional para o preço nas refinarias, sempre que a variação exceder 5%, para cima ou para baixo. A pesquisa encomendada pela estatal mostrou que, nos países onde o mercado é livre, 14% das empresas praticam reajustes quinzenais e 43% ajustam os preços no mesmo dia da oscilação do mercado internacional. Outros 43% ajustam no dia seguinte ao da variação externa. Com a nova metodologia, Pinto estima que os preços não mudariam diariamente para o consumidor nos postos de gasolina, porque as distribuidoras iriam absorver essas variações nos preços durante um período maior, e só depois repassariam o ajuste.