Produtores se unem para obter recursos

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu (DEM), vai defender a criação de um estoque regulador para o açúcar e a expansão do programa de preço mínimo para os industriais do setor. O anúncio foi feito antes de encontro da presidente da maior entidade de classe do setor com empresários alagoanos de diferentes segmentos – não só do agronegócio – na primeira visita que fez a um Estado brasileiro após sua posse. “Em todo lugar do mundo pratica-se subsídio para recompor a diferença entre o preço final e os custos de produção, em relação ao açúcar; exceto no Brasil. E o programa do preço mínimo não é subsídio, é subvenção. Porque, ao contrário do que se pensa, não é o empresário que define o preço para seu produto, é o consumidor (o comprador) que chega e diz quanto quer pagar pelo produto”, disse a senadora, antes do encontro, realizado no auditório da Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool. ### Usinas devem ter capital em fevereiro A presidente da CNA, Kátia Abreu, criticou também o desrespeito do governo em cumprir a legislação; uma das origens dos problemas econômicos para produtores rurais: “Lei nós temos, o governo é que não cumpre. Em relação ao preço mínimo, por exemplo, o Estatuto da Terra, que é de 1965, estabelece que ele não deve cobrir apenas os custos de produção. Mas os ganhos do produtor também devem ser cobertos pelos programas de preço mínimo”. Ela confirmou que a entidade reconhece a gravidade da situação para o produtor e o industrial da agroindústria canavieira no Nordeste, onde os custos de produção são mais altos que no restante do País, a produtividade é menor e onde 96% dos plantadores, em média, são pequenos produtores, com canaviais de menos de 22 hectares. ///