Era mais um dia “normal” em Santana do Ipanema, 30 de março, em meio à pandemia do coronavírus, quando de repente a cidade sertaneja, que já havia sido atingida por uma enchente em 2004, foi vítima da mesma tragédia natural.

O Rio Ipanema transbordou e levou desespero à boa parte da cidade alagoana. Casas destruídas, ruas alagadas, famílias desesperadas. Realmente um cenário devastador. A cheia, inclusive, foi a maior registrada no município chegando a 10,40 metros superando o ocorrido de 16 anos atrás, quando ele chegou a 7 metros, segundo a Superintendência Regional da CPRM no Recife.

Entre as famílias atingidas estava a do volante Gustavo Henrique, do River-PI. O jogador conta que ao saber da tragédia deixou Teresina e seguiu para o interior alagoano para assistir os familiares. A enchente atingiu boa parte de seus parentes, já que moram no mesmo bairro. Segundo ele, na casa da mãe eles conseguiram recuperar muitos móveis, foram perdidos dois guarda-roupas apenas, enquanto na residência da tia a situação foi diferente. Lá, a maioria dos utensílios foi destruída, restou apenas uma geladeira, mas, sem garantia de que servirá no futuro.

Apesar de toda a situação, Gustavo disse que conseguiu alugar duas casas para os familiares em outra região de Santana do Ipanema. “Estamos bem, na medida do possível, alugamos uma casa em uma parte mais alta e estamos ‘seguros’ aqui”, afirmou o atleta.

Mesmo atingido pela tragédia, o volante disse que após todos os cuidados com a família era a hora de auxiliar as outras pessoas da cidade. Gustavo Henrique está recebendo doações e levando aos conterrâneos, inclusive, momento após a entrevista, entregou alguns pares de calçados. Ele lembrou ainda que uma igreja local está sendo utilizada como ponto de apoio às famílias e recebe doações de alimentos, roupas e calçados.

O jogador falou ainda que algumas pessoas optam por retornar às casas mesmo em situação de risco e contam com o que restou ou até mesmo sem nada nas residências.

* Sob supervisão da editoria de Esportes.