A pandemia do novo coronavírus continua afetando fortemente os clubes de futebol. O CSA, que vivia uma boa situação fiscal antes da grave situação sanitária, precisou cortar da própria carne para poder arcar com as despesas. Na última sexta (5), o presidente Rafael Tenório anunciou a paralisação das atividades nas categorias de base para aliviar a folha do clube marujo.
Em entrevista ao Timaço da 98.3 FM, o comandante executivo do Azulão explicou que a medida foi adotada devido à indefinição do cenário atual, que culminaria em complicações financeiras.
“Fizemos uma reunião e, como não temos datas, consultamos a federação para suspensão por não participação. Não é justo que eu fique criando despesa, cláusulas trabalhistas, para uma coisa que não sabemos o amanhã. O CSA (base) não tem nem onde treinar. Por isso procuramos pagar as indenizações (de atletas e funcionários)”, esclareceu.
A situação complicada também afeta o time principal. Apesar da necessidade de desbravar o mercado para montar o plantel de 2021, é difícil que mais caras novas cheguem ao CT Nelson Feijó por enquanto. Rafael explicou que o time ainda sofre carências em alguns setores, mas que poderá fazer contratações quando o cenário estiver mais disposto ao planejamento.
“Tudo está dentro da nossa realidade. Quando sentamos com o departamento de futebol, estimulamos um valor que é dentro do limite. Já estamos no limite do nosso financeiro e não sabemos o dia de amanhã. A gente pode trazer quando tiver uma definição para suprir as necessidades”, disse o presidente azulino.
Pausa no futebol
Com a situação da pandemia cada vez mais complicada ao passar dos dias, alguns movimentos a favor da interrupção do futebol já se mostram presentes em federações estaduais no país. Rafael Tenório se mostrou adepto da paralisação, afirmando que o prosseguimento das atividades, além de trazer mais risco de saúde aos profissionais do meio, aumentaria as dividas dos clubes.
“Nós sabemos que os casos de Covid vêm aumentando muito. É uma solução que se encontra (a paralisação). Fazer futebol sem a torcida já é uma perda muito grande e, se por acaso, for suspensa alguma competição, só vai aumentar o prejuízo dos clubes, haja visto que as competições precisarão ser alongadas. No ano passado, foi preciso aumentar o contrato por dois meses para poder terminar a competição”, alegou o comandante executivo do Azulão.
“O que precisava era haver um consenso entre jogadores e direção do clube. Se houvesse um entendimento onde se pudesse fazer uma redução salarial, porque você teria que continuar pagando, eu seria completamente a favor”, concluiu Tenório.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.