Fifa entra na campanha por Rom�rio na Copa
São Paulo O presidente da Fifa, Joseph Blatter, engrossou o coro de pressão contra Felipão pela convocação de Romário para a disputa da Copa da Coréia e do Japão. Durante a última reunião do comitê executivo da entidade, na qual estavam presentes re
Por | Edição do dia 06/04/2002 - Matéria atualizada em 06/04/2002 às 00h00
São Paulo O presidente da Fifa, Joseph Blatter, engrossou o coro de pressão contra Felipão pela convocação de Romário para a disputa da Copa da Coréia e do Japão. Durante a última reunião do comitê executivo da entidade, na qual estavam presentes representantes da Conmebol, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Blatter perguntou se Romário iria ao Mundial. Após ser informado da situação do Baixinho, o cartola sorriu e disse: Ele (Romário) é a atração. Romário, que na terça-feira deu uma entrevista pedindo desculpa ao treinador e chegou a chorar ao falar sobre a possibilidade de ir ao Mundial, teve um encontro com Ricardo Teixeira no começo do mês passado. Verdadeiras Romário foi homenageado na tarde de ontem no Maracanã. Porém, o descerramento da foto do seu gol na vitória de 2 x 0 sobre o Uruguai, em 1993, exposta no hall dos elevadores, ficou em segundo plano. Mais uma vez, o assunto principal era a Seleção Brasileira, especificamente a comovente entrevista coletiva concedida na véspera pelo craque. Ao chegar ao Maracanã, com uma hora de atraso, Romário foi aplaudido e autografou camisas da seleção. Depois de posar para fotografias, ele falou aos jornalistas e fez questão de frisar que suas lágrimas de ontem eram verdadeiras e não uma estratégia para ser convocado. Não dei entrevista para parecer bonzinho ou fazer jogo. Não quero que sintam pena de mim, pois tudo o que conquistei na vida foi em campo. Continuo sendo o Romário de sempre, mas pena que algumas pessoas não entendam isso, afirmou o atacante, dizendo ser uma pessoa sensível. Algumas pessoas acham que eu me descaracterizei durante a entrevista. Mas elas não sabem que Romário também é emoção. Se Pelé e Oscar se emocionam, porque Romário não pode?, indagou, minimizando a repercussão de suas declarações de quinta-feira. Não li os jornais porque acordei depois de meio-dia e vim direto para cá. Mas não dei entrevista pensando em repercussão. Só fiquei com vontade de dizer o que sentia. Não sei como Felipão vai interpretar minhas palavras,acrescentou.