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DO TABLADO DE MACEIÓ PARA O MUNDO: O TALENTO DE DUDA ARAKAKI
Em alto nível, a jovem alagoana ultrapassa fronteiras na ginástica rítmica e vem brilhando nas competições internacionais
Por Fernanda Medeiros | Edição do dia 11/06/2022 - Matéria atualizada em 11/06/2022 às 04h00
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Incentivar a prática esportiva desde a infância traz inúmeros benefícios para a vida das crianças e, segundo pesquisas, é através da atividade física que os pequenos conseguem melhorar as coordenações motora e cognitiva, o processo de socialização e, ainda, ajuda a lidar com as frustrações impostas por derrotas. E, no cenário mais otimista, ao decorrer dos anos, quanto maior a feição – por determinada modalidade –, o empenho e o incentivo que a criança tem pelo esporte, as chances de seguir em carreira profissional aumentam drasticamente.
Em Alagoas, por falta de oportunidades ou custeio, quantas delas seguiram o sonho, continuaram e conquistaram visibilidade na área esportiva? Dá para contar nos dedos. Porém, apesar de serem poucas, as que conseguem se destacar servem de espelho para a nova geração de atletas conterrâneos.
Uma destas crianças, em especial, cresceu superando as adversidades dos ginásios escolares e, hoje como uma jovem de 18 anos, Maria Eduarda de Almeida Arakaki, atleta olímpica conhecida como Duda Arakaki, vem conquistando espaço merecido no mundo da ginástica rítmica.
Apesar de jovem e com muito chão pela frente, a história de amor entre Duda e a ginástica rítmica é de longa data. Ainda no colegial, quando criança, a maceioense já mostrava interesse em atividades que, em partes, envolvessem a dança. E, logo aos cinco anos, a pequena Maria Eduarda mostrou interesse em participar de uma seletiva de uma atividade extracurricular, a ginástica rítmica. Foi amor à primeira vista.
Estudiosa e apreciadora dos movimentos fluidos e minuciosos do balé, Duda já se aventurava na dança, antes mesmo de iniciar na GR, o que futuramente seria o ‘mix’ perfeito entre o carisma e a movimentação corporal que viria a garantir sucesso nos tablados maceioenses. Desde o início, a ginasta conciliou a modalidade com os estudos em sala de aula, o que acabou facilitando efetuar inscrições em competições locais.
Com performances em alto nível e um rendimento singular, aos 13 anos a atleta promissora começou a atrair olhares da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Isto foi o pontapé para Duda começar a marcar presença em treinamentos com as meninas da Seleção Brasileira. Porém, a sua estreia oficial representando o País se deu somente aos 15 anos.
Com a amarelinha, ela disputou e conquistou algumas medalhas que expôs a notoriedade da garota em cima dos tablados. Em 2018, Arakaki participou dos Jogos Pan-Americanos de Ginástica Rítmica, onde ganhou o bronze na etapa por equipes; do Sul-Americano Juvenil, que a fez retornar a Maceió com uma medalha de ouro na bagagem; e na Olimpíada de Verão da Juventude, sediada em Buenos Aires, na Argentina, onde conquistou mais um bronze.
O rendimento estava em alta e a fez conseguir a aprovação para a elite da Seleção Brasileira de GR. Mas como nem toda trajetória é fácil, a jovem teve que lidar com uma lesão no joelho, que chegou a fazê-la duvidar se seguiria – ou não – a carreira.
A ginasta conseguiu se recuperar após passar por um procedimento cirúrgico. E, um tempo depois, voltou a ser convocada para representar o Brasil. Em 2020, a pandemia chegou e dificultou as oportunidades de treinos com a equipe. Fato que foi crucial para Duda aprimorar técnicas da GR em casa e voltar forte nas competições.
ALAGOANAS NO PÓDIO
Além de Duda, atualmente, a Seleção Brasileira de Conjunto tem outra conterrânea do Estado, Bárbara Galvão. Em Alagoas, chegaram a ser rivais nos tablados, por competirem por colégios diferentes, mas, profissionalmente, as meninas vêm conquistando inúmeros objetivos juntas e o melhor: ambas representam o Brasil nas competições internacionais.
No último domingo (5), elas escreveram uma nova história para a ginástica rítmica nacional. Na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, em Pesaro (Itália), ao lado de Deborah Medrado, Giovana Silva e Nicole Pircio, elas garantiram o terceiro lugar e, respectivamente, o bronze para o País. As meninas foram superadas pelas atletas da Bulgária e da Itália.
O êxito do Conjunto se deu por meio da série mista de três fitas e duas bolas que culminou no terceiro lugar, com 28.650 pontos.
Tendo em vista que, até então, a primeira medalha em Copas do Mundo para o Conjunto Brasileiro aconteceu há quase nove anos, em Minsk (Bielorrússia), as meninas têm muito o que comemorar no feito.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.