Lisboa - O Brasil não derrotou Portugal, mas os jogadores e a comissão técnica consideraram, principalmente o segundo tempo como uma disputa válida para a Copa do Mundo. As várias faltas violentas e os bate-bocas entre os jogadores serviram para esquentar o clima. “Este é um jogo de Copa. Foi importante para mostrar que um lance de desatenção pode ser fatal”, afirmou o técnico Luiz Felipe Scolari, ainda no gramado, após o empate por 1 a 1. Felipão gostou das quatro alterações que fez na equipe na segunda etapa. “O time passou a tocar melhor a bola”. Denílson, que substituiu Rivaldo, foi um dos destaques. “A adrenalina estava alta. Foi bom como preparação e conseguimos mostrar alguma coisa”. O empate entre Portugal e Brasil quase termina em confusão. Cafu e Sérgio Conceição se agrediram no final do jogo. Como que antevendo o fato, antes da partida o lateral-esquerdo Roberto Carlos não concordou com o clima “amigável” proposto pela imprensa local. “Amigável só no papel. Dentro do campo, o couro come”. Confiança O atacante Ronaldo saiu confiante depois de participar do 1º tempo no amistoso contra Portugal. Como esperado, foi substituído no intervalo por França. “Estou cada vez melhor e estou recebendo apoio. A gente vai arrebentar na Copa”, afirmou. “Estamos demonstrando sermos uma equipe muito forte”, completou Ronaldo, que disse ainda ter jogador melhor que contra a Iugoslávia, na vitória por 1 a 0 em Fortaleza. O meia Ronaldinho Gaúcho, autor do gol de empate em uma cobrança de pênalti, gostou da atuação brasileira. “É um bom jogo, deu para correr bastante. A seleção está de parabéns pelo que apresentou neste jogo”, finalizou.