Se Jorge Jesus aguarda o contato da CBF para realizar o sonho de dirigir uma grande seleção, a entidade ainda não está convencida que o profissional é o nome ideal para comandar o Brasil. Há uma preocupação com o temperamento do português, que, ainda assim, é um nome do radar da CBF.
Com exceção a Ancelotti, que já recusou as investidas da Seleção Brasileira mais de uma vez, nenhum técnico ainda foi procurado formalmente para conversar sobre o cargo em aberto desde a eliminação brasileira na Copa do Catar, no início de dezembro de 2022. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ainda quer tentar o treinador italiano, mas, paralelamente a isso, outras opções são discutidas internamente entre os responsáveis pela Amarelinha, entre elas Jorge Jesus.
Jesus é um nome que agrada tecnicamente na entidade. Existe até um coro de pessoas que frequentam a sede da CBF e defendem a contratação do português. Porém, as referências obtidas pela direção da entidade é de o profissional ser bastante temperamental e difícil de lidar no dia a dia. Os responsáveis pela Seleção, no entanto, buscam um técnico de perfil agregador.
A avaliação interna da CBF é que o trabalho de Tite à frente da Seleção foi positivo, e o intuito é contratar um sucessor com perfil semelhante, que chame o grupo para si e que evite brigas internas, até mesmo com os dirigentes. E isso não é algo que se pode esperar de Jorge Jesus.
A situação é parecida com a de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, que não é bem aceito na CBF por conta dos episódios onde se excedeu à beira do campo e acumulou advertências, cartões e expulsões.
Algo que pode pesar a favor de Jesus é ele estar livre no mercado, pois no domingo (11) anunciou a sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, após conquistar a copa local. Em entrevista, após a vitória de 2x0, sobre o Istanbul Basaksehir, ele disse que deixava o clube para realizar um sonho.