Zurique - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou ontem que chegou a um acordo com os administradores da sua falida ex-parceira de marketing ISL-ISMM. “Estou feliz em ter boas notícias para dar”, disse Blatter, cerca de uma hora antes de ser confirmada em Zurique a entrega a um procurador de documentos alegando que ele tem culpa pelo mau gerenciamento e apropriação indébita de fundos da Fifa durante os quatro anos em que presidiu o órgão. Embora o acordo seja bastante complexo, Blatter explicou que retirou uma queixa no valor de 294 milhões de francos suíços (184,8 milhões de dólares) contra a ISL-ISMM e aceitou um acordo de 51 milhões de francos suíços. A Fifa também vai pagar 13,4 milhões de francos suíços para cada uma das empresas (ISL-ISMM). Acordo O acordo não cobre, no entanto, despesas da Fifa com custos no setor de tecnologia da informação e na criação do braço de marketing da entidade, que tem a função de substituir a empresa falida. “A Fifa não tem nada a ver com a bagunça financeira que os críticos dizem. Estou feliz por termos feito um acordo e no futuro - com quem quer que esteja na cadeira de presidente - tudo o que for organizado seja assim ou melhor para o futebol”, ressaltou. O presidente da Fifa rebateu o que chama de “campanha suja” feita contra ele por 11 dos 24 membros do comitê executivo da Fifa, que abriram um processo legal contra ele na Suíça. Em uma declaração conjunta, cinco vice-presidentes da Fifa - David Will, Lennart Johansson, Issa Hayatou, Dr. Antonio Matarrese e Dr. Mong-joon Chung - confirmaram que estava aberto o processo contra Blatter. O fato é inédito nos 98 anos de história da Fifa e acontece há apenas três semanas das eleições presidenciais da entidade, que será em Seul, no Congresso do dia 29 de maio. Hayatou, de Camarões e presidente da Confederação Africana de Futebol, é o único adversário de Blatter.