app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5868
Esportes Cuca disse estar aliviado após justiça suíça anular sua condenação por suposto caso de assédio em 1987

Justiça da Suíça anula condenação do técnico Cuca por suposto estupro

Treinador não corre mais o risco de prisão

Por GE | Edição do dia 04/01/2024 - Matéria atualizada em 04/01/2024 às 04h00

Uma decisão do Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, tornada pública nessa quarta-feira (3), anulou o caso contra Cuca, que em 1989 havia sido condenado pelos crimes de coação e ato sexual com menor – ocorridos em 1987, durante uma excursão do Grêmio-RS pela Europa.

A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo ge. Além da anulação do caso, o tribunal decidiu indenizar Cuca em 9,5 mil francos suíços (cerca de R$ 50 mil).

A decisão do Tribunal (que não entrou no mérito da questão, portanto não inocentou Cuca), concordou com o argumento apresentado pela defesa do ex-jogador. Ela defendia a anulação alegando que o julgamento de 1989 se deu à revelia, sem que o réu estivesse presente e sem que seus advogados pudessem defendê-lo.

“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, declarou Cuca, por meio de uma nota distribuída por sua assessoria.

O documento menciona que os depoimentos de testemunhas foram fundamentais para a condenação, mas que não houve questionamentos a elas feitas por advogados de defesa de Cuca.

A defesa pediu a realização de um novo julgamento. Consultado pelo tribunal, o Ministério Público da Suíça opinou que o caso já estava prescrito. A vítima, que em 1987 tinha 13 anos, morreu em 2002, aos 28. Consultado, um filho dela não quis participar do processo.

A presidente do tribunal, Bettina Boschler, decidiu então pela anulação do caso. Em teoria, até cabe recurso a essa decisão, mas nenhuma das partes está interessada em recorrer, nem Cuca, tampouco o Ministério Público da Suíça.

O caso teve início em 1987, quando o Grêmio fazia excursão pela Europa. Cuca e outros três atletas – Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi – foram detidos com a acusação de terem tido relações sexuais com a garota sem consentimento.

Segundo a investigação da polícia local, a jovem se dirigiu com amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio. Os atletas, então, a puxaram para dentro do quarto. Cuca sempre negou ter participado do estupro.

Os quatro jogadores foram presos no dia 30 de julho de 1987, horas depois do crime. Eles permaneceram em presídios diferentes durante a investigação do caso.

Após um mês presos, os quatro atletas pagaram fiança de 15 mil francos suíços e voltaram ao Brasil. Eles não estiveram presencialmente no julgamento do caso, realizado dois anos depois, em 14 e 15 de agosto de 1989.

Mais matérias
desta edição