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Nº 5821
Esportes Arnon de Mello disse que foi convidado a assumir a operação no Canadá, após uma reformulação

Arnon de Mello vai comandar operações da NBA no Canadá

Ele seguirá como vice-presidente da liga e diretor-gerente para a América Latina

Por Fernanda Medeiros/Com Brazil Journal | Edição do dia 16/10/2024 - Matéria atualizada em 16/10/2024 às 04h00

A NBA (National Basketball Association), principal liga de basquetebol profissional da América do Norte e considerada a principal liga da modalidade esportiva do mundo, escolheu o brasileiro Arnon de Mello para comandar a sua operação no Canadá, único país que tem um time ‘não USA’ disputando a liga do basquete americano.

Arnon de Mello seguirá como vice-presidente da NBA e diretor-gerente para a América Latina e e agora ficará à frente também da operação canadense. Rodrigo Vicentini e Raul Zarraga, que tocavam as operações de Brasil e México, deixaram suas posições. E Vicentini deixou a empresa.

“Fizemos uma reformulação após o novo acordo de mídia global”, disse Arnon, em entrevista ao Brazil Journal, referindo-se ao maior contrato de transmissão de jogos da NBA, assinado em julho.

À Gazeta, Arnon mostrou-se animado com o novo desafio: “Eu estou muito animado em assumir essa posição, como um brasileiro, agora assumindo a posição de diretor-executivo lá do Canadá também. Então, basicamente, a América toda, menos os Estados Unidos, que é onde a liga funciona. Mas, muito contente com esse desafio novo, que já tinha a América Latina toda e agora com o Canadá, que tem um time lá, o Toronto Raptors”.

A NBA vendeu seus direitos para os próximos 11 anos por US$ 77 bilhões para a Disney, a NBCUniversal e a Amazon. O contrato, que aumentou a receita média anual da liga com transmissão em 2,5x, começa a valer na temporada 2025/26.

Segundo ele, o aumento da penetração da NBA fora dos EUA, em especial no Brasil e México, foi um grande motivador para o recorde estabelecido no novo contrato.

Segundo o site Sports Media Watch, os playoffs da última temporada da NBA tiveram uma queda de 12% em relação à temporada anterior. Mas o Brasil segue em rota contrária, pois se tornou o terceiro maior mercado da NBA. Na temporada passada, o número de horas assistidas de jogos ao vivo da NBA no Brasil cresceu 51%. Também houve um aumento de 28% no número de assinantes do NBA League Pass – o streaming exclusivo da liga.

Arnon disse que foi convidado a assumir a operação, após uma reformulação no escritório canadense. E o sucesso na operação brasileira ajudou na promoção. Ele abriu o escritório da NBA no Brasil em 2012 e foi um dos principais responsáveis pelo salto da franquia no País, desde então.

Mesmo sem jogadores brasileiros de destaque, a liga americana mais que dobrou sua base de fãs brasileiros de 2017 a 2023, segundo uma pesquisa feita pelo Ibope. Atualmente são 46,1 milhões de brasileiros que se consideram fãs da NBA.

A NBA possui 33 lojas no Brasil. Todas são franquias. Entre outubro de 2023 e junho deste ano, as vendas nessas lojas subiram 51% em relação ao ano anterior. Segundo Arnon, o objetivo é expandir as lojas no Canadá.

“Nossa intenção é intensificar essa expansão de lojas no Canadá. A abertura de novas lojas é vista na NBA como uma grande oportunidade”, disse também ao Brazil Journal.

NBA HOUSE

Uma invenção brasileira tem sido exportada: a NBA House. Em 2017, a operação brasileira criou um conceito para que os fãs pudessem assistir às finais da NBA. Os ingressos, que eram gratuitos, acabaram rápido e passaram a ser cobrados.

Este ano, 45 mil pessoas pagaram ingressos de R$ 150 por dia para assistir aos cinco jogos da final entre Boston Celtics e Dallas Mavericks na NBA House. “Vamos expandir essa plataforma para países como México, Chile e Argentina”, disse Arnon.

A NBA também pretende popularizar outras ligas em que tem participação, como a WNBA (de mulheres), a G League (de calouros) e a Basketball Africa League, que a própria NBA criou. “Vamos aumentar o foco da distribuição de outros produtos, pois o nosso desafio para o próximo ciclo vai ser encontrar novas fontes de receita”, acrescentou o dirigente.

A NBA estuda a criação de uma liga na Europa e vê potencial para explorar a Índia, um mercado ainda esquecido. “Há muito potencial. Mas o que mais me anima é que dos cinco maiores mercados do mundo, três estão conosco: Brasil, México e Canadá”, encerrou Arnon de Mello.

*Com Brazil Journal

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