De Coruripe para o mundo! Maurício Ruffy, o novo nome do UFC

Alagoas é um verdadeiro berço do esporte. Isto não é segredo para ninguém. Além da paixão dos alagoanos pelas diversas modalidades, o Estado também revela talentos que brilham no cenário mundial. Nomes como a Rainha Marta, o atacante Roberto Firmino e o jogador de vôlei Maurício Borges são alguns dos exemplos.

E, agora, mais um grande nome desponta no mundo do esporte – desta vez, nas artes marciais. Direto de Coruripe-AL, surge Maurício Ruffy, 28 anos, que, ainda na adolescência, deixou sua cidade natal para perseguir um grande sonho: lutar no Ultimate Fighting Championship (UFC). Inspirado pelo tio Reinaldo e pelo irmão Joelmo, o lutador foi para São Paulo determinado a transformar seu sonho em realidade.

Como todo jovem atleta, Maurício também teve uma grande inspiração no esporte. Aos 6 anos de idade, foi assistir a um combate de Wanderlei Silva e se apaixonou pelas artes marciais. Mas foi ao ver seu próprio irmão Joelmo lutando que teve a certeza de que era isso que queria fazer quando crescesse. “Meus pais não acreditaram muito. Eles falavam: ‘Quando ele crescer, vai esquecer essa ideia de ser lutador e escolher outro caminho’. Mas eu sempre dizia: ‘Quando eu fizer 14 anos, vou para São Paulo’”. E foi desse jeito!

O jovem alagoano partiu rumo à capital paulista para dar continuidade ao seu grande desejo: tornar-se campeão do UFC. Mas o caminho até o topo nem sempre é glamoroso. Ao deixar sua casa, Maurício se deparou com a dura realidade da vida. Ele revelou que chegou em São Paulo de forma clandestina e que a viagem foi marcada pelo medo e pela solidão de estar longe da família e dos amigos.

Ao chegar em São Paulo, ele passou um tempo na casa do irmão. Mas, por não haver nenhuma academia por perto, precisou se mudar de novo. E optou por morar próximo a uma academia que passou a ser o seu verdadeiro lar. Era lá que ficava horas treinando e, para conseguir pagar a mensalidade, trabalhava no próprio local.

Fé em Deus

Ao ser questionado sobre os fatores que contribuíram para o seu crescimento e desenvolvimento no mundo das Artes Marciais Mistas (MMA), Ruffy disse que as experiências de vida foram essenciais para seu amadurecimento. Porém, ressalta que ter uma base sólida foi determinante para sua trajetória. “Acreditar que ter uma boa base é fundamental. Eu sou cristão e sei que Deus me ajudou em muitos momentos da vida. É por isso que, quando subo no octógono, faço questão de falar sobre Jesus. Além disso, é muito importante trabalhar a mente e ter uma equipe de qualidade, que diga o que você precisa ouvir e não o que você quer ouvir”, observou.

Ao falar sobre sua fé em Deus, Maurício se vê como um mensageiro. E faz questão de compartilhar sua opinião por onde passa, pois considera esse um dos grandes propósitos de sua vida. Além da carreira no esporte, ele pretende escrever um livro e produzir um filme para contar sua trajetória. “Quero viajar o mundo e compartilhar tudo de incrível que vem acontecendo comigo”, revela.

Com essa fé inabalável, Ruffy busca inspirar a nova geração, transmitindo mensagens de incentivo e superação. Após enfrentar vários desafios, ele olha para trás, para aquele menino de 6 anos que sonhava ser lutador, e sente orgulho do caminho que percorreu e de tudo o que conquistou.

Ruffy leva os estudos sobre o esporte muito a sério, sempre buscando estar bem preparado. Ele não foca apenas nos golpes, mas também na estratégia, treinando técnicas variadas e se aprimorando cada vez mais. Foi essa mentalidade analítica e sua dedicação incansável que levou sua equipe a ser conhecida como Fighting Nerds.

Após cumprir sua agenda de lutas, Maurício sempre volta a Coruripe para reencontrar amigos e familiares. Para ele, voltar para casa é sinônimo de renovar as energias. Lá ele aproveita ao máximo os momentos na fazenda, cercado pelos animais e montando um cavalo, um de seus hobbies preferidos. E é assim: sempre que pode, o lutador faz questão de visitar sua terra, antes de qualquer luta que tenha pela frente. É lá que ele recebe palavras de incentivo e o tradicional “boa sorte” de todos os que torcem por ele e vibram com ele.

*Sob supervisão da Editoria