Indicação para o STJ movimenta grupos políticos

O embate nos bastidores para se saber quem será o responsável pela indicação de um dos ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem movimentado os grupos políticos em Brasília. E é por isso que o Presidente Lula ainda não anunciou o nome de sua preferência.

O senador Renan Calheiros e o deputado Arthur Lira, por exemplo, até agora não se entenderam sobre a indicação do novo integrante, embora o nome em evidência seja o da procuradora Marluce Caldas, que representa o Ministério Público de Alagoas.

DESFECHO

Como a escolha de Marluce respinga na área política, o Presidente Lula espera um consenso – que dificilmente irá chegar – entre Lira e Renan para nomear mais um integrante da corte especial da Justiça.

PREFERÊNCIA

Com o deputado federal Arthur Lira trabalhando por Marluce Caldas dentro do projeto de apoio ao prefeito João Henrique Caldas, o senador Renan Calheiros mergulha nos bastidores para levar vantagem no processo de escolha. Se Marluce for a escolhida do Planalto, certamente alguém deverá ter alguma compensação para não desequilibrar a balança política no Estado.

ESTICANDO

O grupo de Arthur Lira continua é forte, mesmo tendo ele deixado a presidência da Câmara dos Deputados. Mas o de Renan não é carta fora do baralho: o senador segue se movimentando com rara habilidade nos bastidores políticos da capital federal.

ARRUMAÇÃO

É o que se prevê daqui pra frente entre vereadores e deputados estaduais que planejam mudar de visual, ou seja, definir para onde irão definitivamente nas eleições de 2026. E as conversações tomam grandes proporções entre os dois maiores grupos políticos do Estado.

MOEDA DE TROCA

Sorrateiramente – mas à vista, uma vez que o Diário Oficial não esconde –, cargos generosos são negociados e distribuídos tanto de um lado como do outro. Pelo visto, quem tiver mais espaço começa na dianteira para armar barraca e montar estratégia para as futuras eleições.

ENFRENTAMENTO

Enquanto órgãos ambientais defendem um estudo amplo na região da Lagoa da Anta para a construção ou não de megatorres, Hélio Abreu, sócio da Record Construtora, não vacila ao afirmar que pretende construir, sim, cinco torres de 15 andares onde hoje funciona o Hotel Jatiúca.

POLÊMICO

Demonstrando segurança no projeto de engenharia, a Record acredita que impactos ambientais, que já começaram a ser discutidos na Assembleia Legislativa, não serão problema. O assunto, que ainda vai render muito nos próximos dias, gera expectativa notadamente nas discussões sobre o Plano Diretor de Maceió, que não tem saído do lugar na Câmara de Vereadores.