A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou na última quinta-feira (18) o resultado do levantamento realizado junto às empresas do setor da construção que comprovam a continuidade do aumento do preço de materiais de construção e o desabastecimento de insumos, bem como as ações que estão sendo tomadas pela entidade sobre os efeitos desses incrementos.
De acordo com o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC, Dionyzio Klavdiano, o levantamento realizado, que teve a participação de 376 empresas do setor da construção no período de 12 a 18 de fevereiro, confirma que houve aumento de insumos nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, bem como o desabastecimento e um prazo de entrega requerido pelos fornecedores maior que o habitual.
Como consequência desses aumentos abusivos, o presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, apontou o desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de obras públicas e de concessões. Lima Jorge deu ciência de que a CBIC está preparando ferramentas para orientar as empresas nas solicitações de reequilíbrio dos contratos e que marcará reunião específica para tratar do tema, provavelmente na próxima semana.
Dentre elas, a Cartilha da CBIC – O Reequilíbrio Econômico-Financeiro dos Contratos Administrativos de Obras e Serviços de Engenharia em função da variação extraordinária no preço de insumos e as pesquisas encomendadas à Fundação Getulio Vargas e à Fundação Dom Cabral para mostrar a evolução de preços no período de janeiro de 2020 até agora. As pesquisas foram solicitadas em conjunto com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada–Infraestrutura (Sinicon), a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) e a Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).