Atentado em Israel mata oito e p�e em risco acordo de paz
Tel Aviv (Israel) Um homem-bomba palestino matou sete pessoas - e a si mesmo- num ônibus no norte de Israel ontem, ameaçando os esforços dos Estados Unidos para obter uma trégua nos 18 meses de conflitos entre israelenses e palestinos. O ataque, cu
Por | Edição do dia 21/03/2002 - Matéria atualizada em 21/03/2002 às 00h00
Tel Aviv (Israel) Um homem-bomba palestino matou sete pessoas - e a si mesmo- num ônibus no norte de Israel ontem, ameaçando os esforços dos Estados Unidos para obter uma trégua nos 18 meses de conflitos entre israelenses e palestinos. O ataque, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Jihad Islâmica e condenado pela Autoridade Palestina, foi o mais letal a acontecer desde a chegada na região do enviado norte-americano Anthony Zinni, na quinta-feira passada. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, criticou o presidente palestino, Yasser Arafat, depois de falar com Zinni sobre o ataque. Acreditamos que Arafat não abriu mão de sua política de terrorismo, afirmou o premiê. Mas membros das forças de segurança disseram não prever uma retaliação de Israel, a fim de evitar acusações de que o país teria minado os esforços do enviado dos EUA. O ministro da Informação palestino, Yasser Abed Rabbo, afirmou que, apesar de toda a agonia, toda a amargura e da dor, ele acreditava que o cessar-fogo seria alcançado até o fim de semana. Zinni deveria organizar um encontro entre chefes da segurança palestina e israelense ainda ontem à noite. O homem-bomba entrou no ônibus na cidade de Umm Al Fahm. O veículo, que estava cheio de soldados israelenses, trabalhadores árabes e outros passageiros, ia de Tel Aviv para Nazaré. Sete pessoas, entre as quais quatro soldados, e o agressor suicida foram mortos e 27 pessoas, feridas, quando ocorreu a explosão, que destruiu o veículo e espalhou pedaços de corpos e destroços pela pista.