Tel Aviv – Apesar de um atentado suicida matar, ontem,  nove israelenses e deixar 14 feridos, o governo israelense deu  sinal verde a um encontro entre  o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, e o líder palestino Iasser Arafat, cercado pelo Exército israelense  em Ramallah desde o dia 29 de  março. Uma fonte israelense,  não identificada, afirmou à rede de televisão CNN que o encontro acontece no sábado e que as tropas israelenses que invadiram o quartel-general de Arafat devem recuar antes da chegada de Powell à região, na sexta-feira. Sharon e Powell encontram-se em Israel, amanhã, para discutir a aplicação do plano Tenet, que estabelece mecanismos para o cessar-fogo no Oriente Médio. O secretário foi enviado à região pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para tentar diminuir a violência entre israelenses e palestinos, intensificada após um atentado suicida matar 30 pessoas em Netanya, no dia 27 de março. Ontem, as forças israelenses se retiraram de três vilas da Cisjordânia: Kabatiyeh, no norte, e Yatta e Al Samoha, no sul. De acordo com um comunicado do Ministério Israelense de Defesa, a retirada ocorre depois de cumpridas operações contra infra-estruturas terroristas nesses locais e não tem ligação com a visita de Colin Powell. A informação foi confirmada pelo porta-voz de Sharon, Ra’anan Gissin, à CNN. Ele disse, também, que os grandes centros de terrorismo continuarão ocupados. O Exército israelense já tinha se retirado antes de Qalkilya e Tulkarem, duas de seis grandes cidades palestinas, mas suas tropas permanecem em Belém, Jenin, Nablus, Hebron, Beit Jala, Dura e Ramallah. Apesar da retirada e da visita do secretário norte-americano, o governo isralense diz que manterá a operação “Muro Protetor”. Ofensiva Após 13 dias de ocupação israelense, os grupos extremistas palestinos deram ontem sua resposta. Um atentado suicida contra um ônibus na região de Haifa, no norte de Israel, deixou pelo menos nove mortos e 14 feridos na manhã de ontem. O movimento islâmico Hamas se responsabilizou pelo ataque. Um oficial israelense acusou o líder palestino Iasser Arafat de ser o responsável pelo ataque suicida. “Arafat tem a responsabilidade por este ataque, que prova de uma vez por todas que ele nada faz contra o terrorismo”, declarou.