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Nº 5882
Internacional

Embaixador chora ao falar da trag�dia

Brasília, DF (Agência Folha) - O embaixador da Espanha no Brasil, José Coderch, chorou ontem ao comentar os atentados da véspera em Madri, durante uma cerimônia na qual o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, prestou solidariedade e assinou um t

Por | Edição do dia 13/03/2004 - Matéria atualizada em 13/03/2004 às 00h00

Brasília, DF (Agência Folha) - O embaixador da Espanha no Brasil, José Coderch, chorou ontem ao comentar os atentados da véspera em Madri, durante uma cerimônia na qual o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, prestou solidariedade e assinou um termo de condolência. O corpo diplomático espanhol reuniu cerca de cem pessoas na entrada da embaixada, em Brasília, para homenagear as vítimas. Foi feito um minuto de silêncio, encerrado com aplausos. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e o Grupo do Rio também manifestaram repúdio aos ataques. Neste domingo, será celebrada uma missa pelas vítimas na catedral de Brasília. O Itamaraty confirmou que ao menos dois brasileiros foram feridos nos atentados. Um deles, o serralheiro Adeildo Alves dos Santos, 28, tinha planos de ir para os Estados Unidos, mas desistiu após os ataques no dia 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington. “Ele achou mais seguro ir para a Espanha”, conta a dona-de-casa Zenilda Alves dos Santos, 46, mãe de Adeildo. Ela mora em Colniza (1.065 km de Cuiabá), na divisa de Mato Grosso com o Amazonas. A segunda vítima foi encontrada pelo consulado brasileiro na Espanha em um hospital. Havia sido submetida a uma cirurgia no rosto e seu estado de saúde ainda inspirava cuidados. Uma terceira brasileira foi ferida, passou por um hospital, mas foi liberada em seguida. Vôos Em greve desde terça-feira, a Polícia Federal abriu ontem uma exceção para os passageiros dos dois vôos que partiram do aeroporto internacional de Guarulhos em direção à Espanha. Foi montada uma fila específica para quem iria embarcar em um dos dois vôos. Um partiu às 16h45 e o outro às 22h55. Assim, os passageiros com destino ao país alvo dos atentados de quinta-feira não tiveram de aguardar nas imensas filas que têm sido a rotina em Cumbica nesta semana. Com a paralisação dos agentes da PF por melhores salários, os passageiros dos outros vôos internacionais têm tido de esperar por várias horas na fila, tanto para embarcar quanto para desembarcar. Em alguns casos, a demora chega a mais de cinco horas. Os homens da Polícia Federal estão checando passaporte por passaporte no sistema eletrônico para verificar se existem pendências judiciais que impeçam a viagem dos passageiros. Normalmente, os policiais apenas vêem se a foto do documento “bate” com a de quem vai viajar e conferem a data de validade do passaporte.

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