São Paulo, SP (Agência  Folha) - As forças especiais do Uzbequistão - aliado dos EUA na guerra ao terror - realizaram ontem uma operação de combate ao terrorismo nos arredores de Tashkent, capital do país. Ao menos 23 pessoas morreram nos enfrentamentos. Três eram policiais, e 20 eram militantes islâmicos. A ação ocorreu após uma onda de ataques e explosões atribuídas a grupos extremistas islâmicos ter atingido o Uzbequistão no domingo e na segunda-feira, deixando 19 mortos. O governo do presidente Islam Karimov é considerado um duro repressor dos grupos islâmicos do Uzbequistão - país majoritariamente muçulmano - e também da oposição secular. Três policiais morreram em atentado cometido por dois suicidas. Em uma ação separada, quatro mulheres se dirigiram em um carro a um posto de controle da polícia. Uma das mulheres, vestida toda de preto, saiu do veículo e foi alvejada pelos policiais nas pernas. Nesse momento, ela detonou os explosivos presos a seu corpo. As outras três mulheres que estavam no carro correram para um prédio de apartamentos a cem metros de distância onde estavam outros militantes. Segundo o Exército, as mulheres e os outros militantes foram mortos a tiros por forças uzbeques ou se explodiram com granadas e outros explosivos para não se entregarem. Cinco militantes conseguiram fugir, segundo disse um morador do prédio. No restante da capital, a segurança foi reforçada com soldados em várias ruas. Hotéis instalaram detectores de metal e proibiram a aproximação de carros.