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Nº 5897
Internacional No Nordeste da Ucrânia, as tropas russas cercaram as regiões de Konotop e de Sumy

UCRÂNIA: MILHARES DE CIVIS RECEBEM ARMAS PARA RESISTIR EM KIEV

Todas as principais cidades ucranianas já registraram bombardeios efetuados pela Rússia

Por Da Redação | Edição do dia 26/02/2022 - Matéria atualizada em 26/02/2022 às 04h00

No segundo dia de batalhas após a invasão da quinta-feira, tropas russas conquistaram posições no Sul e no Leste da Ucrânia, enquanto a capital, Kiev, registra conflitos desde às 4 da manhã locais. Na cidade, civis recebem armas e forças de defesa se posicionam para resistir. Todas as principais cidades ucranianas já registraram bombardeios efetuados pela Rússia, incluindo as do Oeste, poupadas na véspera. As forças russas parecem seguir uma estratégia de rápidos avanços e ataques a instalações estratégicas militares e civis, mas há relatos de que estejam encontrando mais dificuldades do que previam para dominar o território ucraniano. Em um informe, o Pentágono disse que a Rússia "enfrenta mais resistência que o previsto" e “está perdendo ímpeto”. Os próprios EUA, no entanto, calculam que só um terço do contingente russo acumulado na fronteira já foi destacado até o momento, e a guerra está no início. É no Sul que se concentra a maioria das conquistas russas. Nesta sexta-feira (25), forças de Moscou foram vitoriosas na batalha para controlar a cidade portuária de Kherson, onde vivem cerca de 280 mil pessoas. Na véspera, os russos dominaram a barragem de Kakhovka, que fornece água para a Península da Crimeia. Em um comunicado em sua conta no Facebook, o governo de Kherson detalhou que as forças russas conseguiram entrar na cidade usando "força significativa" e causando "grandes perdas", "independentemente dos esforços" da resistência ucraniana. As autoridades locais pediram aos cidadãos que "mantenham a calma e não entrem em pânico" e prometeram “fazer tudo o que for possível para corrigir a situação”. A conquista de Kherson tem valor estratégico para a ofensiva sobre o porto de Odessa, a terceira maior cidade da Ucrânia, com um milhão de habitantes, que está a 200 km a Oeste, e já registrou ataques com mísseis. Há ainda batalhas em Melitopol, cidade a 230 km a leste de Kherson, e em Mykolaiv, no caminho de Odessa. Há relatos não confirmados de que as forças russas entraram nesta última cidade. No Nordeste, as tropas russas cercaram as regiões de Konotop e de Sumy. Nesta última, na cidade de Okhtyrka, autoridades locais relatam que um jardim de infância chamado Sonechko (“Solzinho”) foi atingido por um foguete russo. A agência de investigação de violações dos direitos humanos Bellingcat verificou, a partir de informações de georreferência, que foguetes caíram a 200 metros do edifício, que, segundo relatos não confirmados, era usado como abrigo. Fotos mostram o edifício atingido, a 600 metros de distância de uma base militar, com vítimas adultas no chão. Em Kiev, o ataque começou com helicópteros durante a madrugada, e as sirenes de ataque aéreo tocaram várias vezes durante o dia, para registrar bombardeios com mísseis. Após um ataque conduzido por paraquedistas descendo de helicópteros na véspera e uma batalha de mais de um dia, Moscou informou a captura do aeroporto de Hostomel, a Noroeste da capital. Para proteger Kiev, forças ucranianas destruíram grandes pontes de acesso. Embora o ataque tenha começado no Norte, alvos em outras áreas da cidade foram atacadas, e fumaça preta pôde ser vista no centro da cidade. Prédios residenciais foram atingidos. O prefeito da cidade, o ex-campeão dos pesos pesados Vitali Klitschko, disse numa rede social que "o inimigo quer colocar a capital de joelhos e nos destruir". "Tiros e explosões estão ecoando em alguns bairros. Sabotadores já entraram em Kiev", disse. Em ruas da capital, caminhões do Exército da Ucrânia pararam e descarregaram caixas contendo metralhadoras subautomáticas e munição, a serem distribuídas para a população civil. Segundo o governo ucraniano, 18 mil armas foram entregues a “todos aqueles que querem defender nossa capital com armas em seus braços". Em uma publicação na internet, o Ministério da Defesa também ensinou a fazer bombas incendiárias. "Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante!, dizia o texto, em referência à arma inventada por finlandeses para repelir invasores soviéticos em 1939.

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