Tel Aviv – Aumentou para três o número de mortos em mais um atentado suicida na cidade de Rishon Letzion, ao lado de Tel Aviv. O número de feridos também subiu de 20 para 40 – alguns em estado grave. Eles foram levados para três hospitais da região. A explosão ocorreu às 21h10 (15h10 de Brasília) na entrada de um centro comercial na área de pedestres. Uma testemunha contou a rádio local que havia “mesas e vários trabalhadores estrangeiros estavam sentados, jogando cartas”. O comandante da polícia local, Haim Cohen, disse que o homem-bomba tinha uma aparência européia, com o cabelo claro tingido. “Seu cabelo era loiro tingido, curto, com uma aparência punk”, afirmou Cohen. O grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, ligado ao Fatah (grupo político de Iasser Arafat), reivindicou a autoria do atentado. “As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa realizaram um martírio heróico em ataque ao assentamento de Rishon Letzion, ao norte de Tel Aviv”, afirma o grupo em declaração enviada por fax à agência da Reuters em Beirute (Líbano). “Juramos que vamos vingar o sangue de mártires inocentes e haverá mais ataques suicidas”, completa o grupo. Não foi revelada a identidade do suicida. De acordo com David Baker, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, este foi outro ato covarde cometido por terroristas palestinos que novamente lançam mão de ações assassinas. “Israel não vai dobrar-se frente à face do terror e nós iremos usar as medidas necessárias para arrancar o mal pela raiz”, ressaltou. Apesar de condenar o ataque, o governo israelense ainda não decidiu se vai lançar uma operação de represália contra os palestinos. Vingança Na periferia de Nablusna, no norte da Cisjordânia, o Exército israelense matou, ontem, quatro palestinos membros do grupo armado de resistência Al-Aqsa, quando seus tanques dispararam um obus contra o campo de refugiados de Balata. Os palestinos eram membros das Brigadas de Mártires que assumiram o atentado suicida em Tel Aviv. Um dos mortos é Mahmoud Titi, descrito como comandante das Brigadas. As Brigadas realizaram uma série de ataques contra Israel, mas nenhum desde a ofensiva do país contra militantes da Cisjordânia, em abril. Forças de segurança israelenses têm seguido uma política de matar militantes que, segundo elas, estão por trás de ataques a israelenses desde o começo da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na faixa de Gaza), iniciada em setembro de 2000.