Advogada pode ser interpelada
São Paulo, SP O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta sexta-feira (31) que a mesa da Câmara dos Deputados precisa entrar com um pedido de interpelação judicial contra a advogada criminalista Beatriz Catta Preta. Responsável por nove acordos de
Por | Edição do dia 01/08/2015 - Matéria atualizada em 01/08/2015 às 00h00
São Paulo, SP O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta sexta-feira (31) que a mesa da Câmara dos Deputados precisa entrar com um pedido de interpelação judicial contra a advogada criminalista Beatriz Catta Preta. Responsável por nove acordos de delação premiada de réus na Operação Lava Jato, a advogada fechou seu escritório e abandonou processos ligados ao caso. Em entrevista à TV Globo na última quinta (30), ela afirmou que tomou essa atitude porque se sentiu ameaçada por integrantes da CPI. Depois de tudo que está acontecendo, e por zelar pela minha segurança e dos meus filhos, decidi encerrar minha carreira, afirmou Catta Preta. Segundo ela, a pressão aumentou após um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, mencionar em depoimento que pagou US$ 5 milhões em propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para Wagner, a advogada levantou suspeitas que o parlamento brasileiro precisa explicar ou replicar. Sem isso, [a Câmara] joga dúvidas sobre todos os membros do Parlamento, não só da CPI da Petrobras. Ela diz que tem prova de tudo. Cabe à mesa da Câmara fazer a chamada interpelação judicial, para que ela traga à baila e identifique se houve ameaças e quem as cometeu, disse. O ministro acrescentou que se a CPI está sendo utilizada para ameaçar, este não é o papel da CPI. Ele disse que a comissão, um instrumento para investigar fatos novos, vem sendo usada para render mais do [mesmo] assunto.