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Nº 5882
Nacional

FAO prev� crescimento no consumo de fumo no Pa�s

Londres – Um relatório divulgado ontem pela FAO - a agência para alimentação e agricultura da Organização das Nações Unidas (ONU - prevê um aumento no consumo de tabaco no Brasil, caso as atuais políticas para o controle do fumo sejam mantidas. A demanda

Por | Edição do dia 09/01/2004 - Matéria atualizada em 09/01/2004 às 00h00

Londres – Um relatório divulgado ontem pela FAO - a agência para alimentação e agricultura da Organização das Nações Unidas (ONU - prevê um aumento no consumo de tabaco no Brasil, caso as atuais políticas para o controle do fumo sejam mantidas. A demanda pela erva, segundo o documento, deverá passar de 229,4 mil toneladas (dados de 1997-99) para 234,4 mil toneladas, em 2005. Na projeção para o ano 2010, o consumo do país salta para 257,9 mil toneladas. No entanto, se políticas mais rigorosas forem implementadas, a previsão é de uma queda significativa, passando das atuais 229,4 mil toneladas para 210,5 mil toneladas em 2005, e subindo apenas ligeiramente até 2010 para 231,6 mil toneladas. As previsões da FAO para o Brasil e para os outros países em desenvolvimento contrastam com os números dos países desenvolvidos. A agência da ONU afirma que a demanda por tabaco nos países desenvolvidos está diminuindo significativamente. Isso seria, segundo a FAO, uma conseqüência justamente das campanhas anti-tabagistas - que visam a conscientizar a população sobre os riscos do fumo à saúde - e da taxação sobre o fumo nesses países, mais severas do que nos países em desenvolvimento. Ainda assim, os números globais apontam para um crescimento de 1,5% no número de fumantes, saltando de 1,1 bilhão, em 1998, a 1,3 bilhão, em 2010. A China será o maior responsável por este aumento e é o país com o maior número de fumantes: 320 milhões de pessoas, o equivalente a 37% do consumo mundial. Recorde De acordo com os dados da ONU, os chineses consomem mais tabaco do que todos os outros países em desenvolvimento juntos. Na América Latina, o Brasil responde por mais de a metade do consumo, e o aumento previsto pela FAO para a região também deve ser puxado pelo país. Na África, a demanda por tabaco durante a década de 90 bateu o seu recorde anual, chegando a 3,5%.

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