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Nº 5873
Nacional

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO ELOGIA COOPERAÇÃO COM PEQUIM NA COVID

O presidente Jair Bolsonaro participou da reunião da cúpula dos Brics ontem (23). Durante o encontro, ele elogiou os chineses, agradeceu e acenou para Vladimir Putin, além de promover a ideia de uma aliança estratégica e pedir que os países emergentes aum

Por Uol | Edição do dia 24/06/2022 - Matéria atualizada em 24/06/2022 às 04h00

O presidente Jair Bolsonaro participou da reunião da cúpula dos Brics ontem (23). Durante o encontro, ele elogiou os chineses, agradeceu e acenou para Vladimir Putin, além de promover a ideia de uma aliança estratégica e pedir que os países emergentes aumentem seu peso nas decisões internacionais. O brasileiro ainda repetiu a postura tradicional do Itamaraty, pedindo a reforma do Conselho de Segurança, do Banco Mundial e do FMI para dar maior voz às economias emergentes.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro ainda destacou como a cooperação com Pequim foi positiva e que a forma de lidar com a pandemia da covid-19 foi um exemplo dessa parceria.

Segundo ele, essa relação trouxe “benefícios concretos para os nossos povos, como demonstrado pela nossa cooperação durante a pandemia da covid-19”.

Em seu discurso nesta quinta-feira, referindo-se à visita ao país asiático ainda em 2019, ele destacou a forma pela qual foi recebido e indicou que a reunião serviu para “avançar na parceira estratégica, com benefícios concretos para nossos povos”.

O presidente brasileiro repetiu ainda o mesmo discurso de todos os demais presidentes brasileiros desde os anos 90, pedindo uma reforma das entidades internacionais para que possam refletir melhor o peso dos países emergentes.

“Devemos somar esforços em busca das reformas das organizações internacionais, como o Banco Mundial, o FMI e o sistema das Nações Unidas, em especial o seu Conselho de Segurança. O peso das economias emergentes e em desenvolvimento devem ter a devida e merecida representação”, disse.

O encontro é o primeiro entre os líderes de China, África do Sul, Brasil, Rússia e Índia desde o início da guerra na Ucrânia.

Trata-se, também, do retorno do presidente russo Vladimir Putin ao palco internacional para uma cúpula, ainda que todos estejam em um encontro apenas virtual.

Para diplomatas, a mera presença do chefe do Kremlin em um evento internacional já é considerada como uma mensagem política forte de que não está isolado.

Ao falar da relação “estratégica” com os demais países do bloco, Bolsonaro também recebeu uma sinalização de que Putin estava de acordo com ele.

O brasileiro, de fato, aproveitou para agradecer e dizer que o russo lhe recebeu “muito bem” em fevereiro, dias antes da eclosão da guerra.

O presidente do Brasil insistiu que o bloco dos países emergentes tem “contribuído para a prosperidade” das economias e que é o “modelo de cooperação baseado em ganhos para todos”.

Mas ele alertou que a agenda do grupo deve ser estabelecida de forma “responsável e transparente”.

A China esperava conseguir um apoio mais explícito do bloco ao governo de Putin, além de uma chancela para o início da expansão do grupo. O Brasil era contra a pressão chinesa neste sentido.

Mesmo assim, Bolsonaro indicou que o grupo deve ser um fator de estabilidade e prosperidade no mundo.

O presidente brasileiro reiterou que sua política externa tem como meta o desenvolvimento econômico e social do país, o que foi interpretado como um sinal de que não estaria disposto a se submeter às pressões de Pequim.

“É preciso estar atento sempre para que (a política externa) gere prosperidade e paz”, indicou.

Ao tomar a palavra, Putin repetiu sua sinalização feita na quarta-feira de que está disposto a redirecionar a economia russa em direção aos emergentes e aos Brics. Isso, claro, depois da imposição de sanções contra sua economia por parte de Europa e EUA.

O russo também criticou o ocidente, indicando que “ameaças e desafios” levam os emergentes a ter de buscar respostas unidas. Segundo ele, o bloco vem ganhando um peso econômico e político cada vez maior no cenário internacional.

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