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Crime

Justiça torna réus 12 investigados suspeitos de ligação com PCC

Ministério Público havia denunciado o grupo sob acusação de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública

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O ex-corretor de imóveis Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que delatou policiais envolvidos com negócios do PCC
O ex-corretor de imóveis Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que delatou policiais envolvidos com negócios do PCC | Foto: Divulgação

A Justiça de São Paulo aceitou denúncia e tornou réus 12 investigados por suspeita de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) nesta quinta-feira (27). Parte deles consta na delação de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, morto em 2024, no aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O Ministério Público havia denunciado o grupo, em 21 de fevereiro, sob acusação de lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva.

Os promotores do Gaeco, grupo de combate ao crime organizado da Promotoria, pediram além das condenações, o confisco de R$ 40 milhões.

São citados nomes como os delegados Fábio Baena Martin e Alberto Pereira Matheus Junior, e os policiais Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Roberto Ruggieri, Marcelo Marques de Souza, Rogerio de Almeida Felício, Valmir Pinheiro e Valdenir Paulo de Almeida.

Parte deles foi alvo delação premiada de Gritzbach, que poucos dias antes de morrer havia dado um depoimento em que afirmava que era alvo de extorsão dos policiais.

O juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, afirmou que esse deve ser o maior processo contra pessoas ligadas ao PCC.

"Não se trata, ao menos em tese, de uma mera organização criminosa que está sendo apurada nestes autos. Trata-se, pois, provavelmente, do maior processo contra pessoas ligadas ao denominado PCC, famigerada facção criminosa que vem impondo o terror à sociedade, em especial àquelas que vivem em comunidades carentes, em que são, muitas vezes, obrigadas a aceitar ordens desta organização criminosa", escreveu o juiz na decisão.

Ele ainda afirmou que há elementos que indicam que servidores públicos ligados à segurança pública estavam atuando em favor do PCC.

"Ou seja, quem deveria combatê-la, a esta auxiliando de diversas maneiras", destacou.

Os policiais são alvo de investigação paralela da Polícia Civil por suspeita de participação no assassinato. Além deles há também nomes como advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude, e os empresários Robinson Granger de Moura, o Molly, e Ademir Pereira de Andrade. À exceção do delegado Alberto Pereira Matheus Junior, todos eles estão presos desde dezembro.

Mude é sócio da UPBus, empresa de ônibus que foi alvo da operação Fim da Linha, que investigava a relação entre concessionárias do transporte de ônibus municipal e o PCC. Advogados de Gritzbach afirmam que ele teria oferecido R$ 3 milhões pela cabeça do delator. O delator teria gravado um telefonema de Hassan a um policial, em que oferece o pagamento.

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