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Nº 5828
Opinião

Paz na Terra Santa?

Indiscutivelmente, um dos momentos mais importantes da história das Nações Unidas é o pedido, por parte da Autoridade Palestina, do reconhecimento da Palestina enquanto Estado. Inequivocamente, este é um tema complexo, cujas contradições práticas não ca

Por | Edição do dia 24/09/2011 - Matéria atualizada em 24/09/2011 às 00h00

Indiscutivelmente, um dos momentos mais importantes da história das Nações Unidas é o pedido, por parte da Autoridade Palestina, do reconhecimento da Palestina enquanto Estado. Inequivocamente, este é um tema complexo, cujas contradições práticas não cabem no estreito recipiente da inflexibilidade teórica. O representante israelense, apesar de se contrapor radicalmente a esta proposta, exprimiu uma condição que ultrapassa a fraseologia política, afirmando que antes dos palestinos terem seu Estado reconhecido, eles teriam de reconhecer o Estado de Israel. É justo. Os dois Estados, um hebreu, outro palestino, é o centro e a base da proposta da Organização das Nações Unidas para o redesenho da terra conhecida como Palestina por mais de 1900 anos. Para tecer esse novo desenho, complexo, intrincado e altamente explosivo, a diplomacia internacional reuniu uma seleção de grandes craques, testados durante os rigores da 2ª Grande Guerra Mundial. Dentre esses notáveis diplomatas, destacou-se o brasileiro Osvaldo Aranha. Infelizmente foi rasgado pela guerra o plano cuidadosamente costurado por Osvaldo Aranha e seus pares, onde estava prevista, inclusive, a partilha das áreas consideradas santas. A cidade de Jerusalém, considerada sagrada para o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, era confiada a uma administração internacional, onde as três grandes religiões teriam salvaguardados seus direitos plenos aos espaços sagrados para a Torá, a Bíblia e o Corão. Potentados árabes, falando pelos palestinos, negaram o plano da ONU. A Paz, sempre frágil naquelas paragens, foi varrida do mapa. Hoje, os palestinos, falando por sua própria voz, buscam voltar ao plano original. E, como diz o premier Israelense,o Estado palestino tem de reconhecer o Estado de Israel. O mundo torce pela Paz, contra os radicais dos dois lados.

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