FOICE E FAC�O, ARMAS DA BADERNA
A manifestação e o protesto para reivindicar a atenção dos poderes são direitos legítimos no regime democrático. Sempre existem motivos para reivindicar num país com tantas demandas, tantos problemas. Não é o que acontece com movimentos sociais que procl
Por | Edição do dia 12/11/2013 - Matéria atualizada em 12/11/2013 às 00h00
A manifestação e o protesto para reivindicar a atenção dos poderes são direitos legítimos no regime democrático. Sempre existem motivos para reivindicar num país com tantas demandas, tantos problemas. Não é o que acontece com movimentos sociais que proclamam a posse da terra e outros interesses comuns aos grupos organizados. Transformaram as passeatas e reivindicações em baderna, pura baderna. Simplesmente vandalismo, destruição, guerra. Ultrapassaram todos os limites País afora e ainda não receberam um contra-ataque à altura do tamanho da ousadia. Para isso, teria que ter um governo que governasse com autoridade e austeridade. Um governo cujo partido governante não fosse comprometido com um histórico radical de incentivo à desordem. Os ditos trabalhadores sem terra, que avançaram sobre Maceió na última semana, chegaram ao limite do insuportável, desafiando, infernizando a cidade, a começar pela destruição da área de pesquisa agrária da Universidade Federal. Com foices e facões, jogaram nos escombros anos de trabalho dos alunos da Ufal. Pior, não vimos reação da autoridade policial para combater com dureza o ato terrorista praticado e orquestrado pelos bem treinados soldados do exército dos movimentos. Aliás, movimentos que têm dado uma demonstração insofismável de poder com perfeita organização e força financeira. A trajetória do grupo foi acompanhada por segurança particular, veículos motorizados, boa alimentação, armas bem amoladas e competente assessoria de comunicação. E a lei, como fica diante da anarquia? A democracia não é exercida por meio da lei? Se a lei não é imposta às autoridades que roubam o povo à luz do dia, cinicamente; também não é aplicada aos bandidos chamados de black blocs infiltrados nas manifestações pacíficas e ordeiras, por que então exercê-la contra guerreiros armados de peixeiras e facões ameaçando sangrar a paz de uma sociedade apavorada? A procissão da intolerância seguiu sua marcha até o novo shopping que inaugurava; ameaçou invadir o plenário dos nossos representantes do Legislativo e se foi para o repouso na casa da mãe Joana, a Praça Sinimbu. O Brasil está desgovernado, o povo encurralado no seu direito de ir e vir. Só os cegos na sua santa conveniência fingem não enxergar.