Desde os primórdios da civilização que o ser humano demonstrou seus instintos violentos e egocêntricos. Se consultarmos a História das primeiras tribos existentes no planeta, encontradas através dos mais remotos vestígios, teremos a convicção da sua animalidade no convívio com seus semelhantes. Instintos provocados sempre pelo seu individualismo, pelo domínio da força e do poder. Com o decorrer da existência o homem conquistou a cultura, a sabedoria, a civilização, mas em contrapartida aprendeu a valer-se mais ainda da inteligência e da sabedoria para dominar os mais fracos e apoderar-se de suas prosperidades. A violência urbana, hoje é o reflexo do comportamento imoral e antiético da grande maioria de nossos mandatários que legislam e governam em causa própria usando o dinheiro público. Muitas vezes são corrompidos por elites egoístas, em defesa das mazelas que assolam o País, tanto no cenário político como judiciário. Viagens turísticas, em nome de uma diplomacia de interesses pessoais; alugueis de jatos, jatinhos e helicópteros que atravessam constantemente os céus do mundo, são pagos com o dinheiro público, satisfazendo o exibicionismo desenfreado frente à imprensa e a classe política do exterior. Cartões Corporativos sem vigilância pagam as extravagâncias dos chefes eleitos para proporcionar o desenvolvimento, a civilização e a paz de nossa pátria. A polícia é mal paga e insuficiente, mas o dinheiro surrupiado pelos corruptos não permite que tenhamos o real policiamento que nos guarde. Enquanto isso, o temor instalou-se no existir de cada dia, como um estranho sobressalto. Apavoramo-nos com os crimes que se sucedem constantemente, cujos motivos são, quase sempre, a abordagem e o tráfico de entorpecentes. O respeito pela vida humana nunca foi mais ultrajado, mais injuriado! Ainda existem os modernos black bocks, que se sentem bem à vontade para destruírem e assaltarem os prédios públicos, particulares e a própria polícia, sem a mínima preocupação em serem reconhecidos. E os menores que têm idade para a imunidade, mas não para matar? Todos sabem que os julgamentos e as prisões são uma balela, que nossas leis são uma brincadeirinha. Por que temê-las?