Os problemas ambientais devem ser motivos de maiores preocupações dos órgãos públicos e de cada cidadão em todo o mundo, não apenas nos discursos, palestras e outras formas de manifestação neste Dia Mundial do Meio Ambiental. Principalmente em países como o nosso, onde, como disse anteontem a coordenadora da Agenda Ambiental do Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, Jacimara Guerra Machado, este assunto só entra nas salas de aula da maioria das escolas nas comemorações da data. Apesar de a Educação Ambiental estar presente na nova Lei de Diretrizes e Bases. Além de seu alerta oportuno, Jacimara, segundo a Agência Brasil, disse que uma das principais causas dessa situação está na formação dos profissionais de ensino. Falta, por parte dos professores, uma preparação para que coloquem a questão ambiental no dia-a-dia do aluno. E ainda advertiu que os livros didáticos também não apresentam o tema de forma abrangente. Que essas deficiências sejam logo substituídas por medidas destinadas a melhorar as informações e o nível de conscientização das crianças, jovens e adultos sobre a importância dos recursos da natureza para toda a humanidade. É preciso que uma maior quantidade de pessoas de todas as posições sociais atente para as gravíssimas conseqüências das negligências, da falta de responsabilidade em relação ao ecossistema. Para os efeitos da destruição da fauna e da flora, da má utilização do que ainda resta das reservas hídricas. Mesmo com os avanços que temos tido nos últimos anos no tocante ao meio ambiente, com o aperfeiçoamento das leis e as lutas dos ambientalistas, a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para o fato de que a falta de água poderá afetar quase metade da população mundial dentro de 20 anos. E numa mensagem a propósito deste dia dedicado mundialmente ao meio ambiente, o secretário-geral da ONU Khofi Annan relembra que, atualmente, 1,1bilhão de pessoas não tem acesso à água potável e 80% das doenças no mundo resultam dessa falta.