A Federação Interestadual das Escolas Particulares (Fiep), por intermédio do seu presidente, Claudio Tricate, acaba de se comprometer, de forma voluntária, a participar do programa Brasil Alfabetizado, do governo federal e destinado a alfabetizar jovens e adultos. Inclusive, há um protocolo de intenções neste sentido, que foi assinado na semana passada pelo ministro da Educação, Cristovam Buarque, e o próprio Tricate. Conforme lemos em uma matéria da Agência Estado, a Fiep representa mais de 80% das escolas particulares no País. E seu dirigente disse, que, independentemente da crise financeira que tem provocado uma inadimplência superior a 30%, elas podem colaborar com o projeto do governo Lula. Só podemos ver essa decisão como das mais importantes e que necessitam ser colocadas em prática, entre outras medidas destinadas a acabar de uma vez por todas com o analfabetismo, que continua como um dos maiores desafios no País. Até porque, como disse o presidente da Fiep, existem estruturas ociosas em todas as unidades da federação que podem ser utilizadas por aqueles que não podem pagar pelo ensino privado. Além do problema representado pelas altas taxas de analfabetismo na população de jovens e adultos, o País precisa se livrar dos indicadores ainda preocupantes em relação ao ensino e expressiva parcela das crianças brasileiras, mediante uma série de iniciativas. Uma das principais deve ser voltada para acabar, de uma vez por todas, com as irregularidades, sendo uma delas o desvio de recursos públicos. Como vem acontecendo, segundo a imprensa tem divulgado, com o dinheiro do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef), inclusive em nosso Estado. Os órgãos competentes devem agir em tempo hábil para inibir abusos como esse, e garantir, desde já, o bom êxito dos programas em execução, e os dos próximos, a exemplo do Bolsa Primeira Infância. Este último está previsto para ser implementado em 2004 e será iniciado ainda neste ano em cem municípios de 30 mil habitantes.