Adolescência é igual a aborrescência?

Não mesmo! Este pré-conceito ocorre muitas vezes devido ao fato de a adolescência ser mal compreendida pelos pais e outras pessoas.

É uma fase normal do desenvolvimento humano marcado por muitas mudanças, principalmente de comportamento. De repente, aquela criança que estava ali cresce, começa a mostrar que tem também suas opiniões, suas preferências, gosta de ter o seu espaço, quer estar mais perto dos seus amigos que da família. O Adolescente está em um processo de individualização, que é esperado e normal na adolescência. O livro “O Cérebro do Adolescente”, do dr. Daniel Siegel, traz uma reflexão interessante sobre como os pais devem mudar sua visão sobre a adolescência. Ao contrário de pensar que é uma fase a ser tolerada, vencida ou superada, devemos ver como um cenário para o desenvolvimento dos traços de caráter essenciais que permitirão os adolescentes levarem vidas repletas de aventura e significado.

Então é isso! Vamos mudar nossa forma de enxergar nossos filhos adolescentes! Vamos entender o que estão passando enquanto tentam construir uma identidade separada dos pais, vamos entender que são mais impulsivos, se acham meio super-heróis, desconsiderando os riscos da vida, gostam de se exibir para seus amigos... Sabendo disso é mais fácil pensar em como ajudá-los a se desenvolverem da melhor forma. Adolescência é um período em que eles ainda precisam da orientação dos pais.

Devemos buscar uma relação de interdependência, o que é diferente de quando eles eram crianças, dependentes dos pais. Não fiquem com medo ou com ciúmes desse afastamento deles, dessa preferência por estar com os amigos. Isso não quer dizer que não gostam mais de vocês. Eles ainda os amam, mas precisam, para o seu amadurecimento, dessa maior convivência com os amigos da mesma idade. Assim, vamos fazer da adolescência um período de crescimento, de aprendizagem, de mais diálogos, oferecendo suporte para seus momentos difíceis. É um equilíbrio diário entre o que devemos proporcionar estando presentes em suas vidas, mas também permitir que eles tenham sua necessária independência.