MILTON HÊNIO * Amanhã será comemorado,  com muito entusiasmo, em vários locais do território brasileiro, o Dia  Internacional da Mulher. O mundo vai caminhando e vemos o destaque, o prestígio que a mulher assume nos dias atuais nas diversas atividades humanas. Agora mesmo, vejo nos jornais que as mulheres predominaram na ocupação das vagas na maioria das universidades brasileiras, assim como obtiveram as melhores classificações. Anjo ou demônio tem nos olhos o segredo mágico que desperta amor e ódio, afeto e ciúme, exaltação e brandura. A história nos mostra o papel da mulher no desencadeamento de conflitos, como também servindo de força inspiradora do espírito humano, seja nas artes, nas letras e, principalmente, na poesia. Porém é no seio da família que exerce sua posição notável. Hoje, dominando as diversas profissões com prestígio na comunidade, a mulher conduz com maestria todas as missões que lhes são atribuídas. Todo sonho tem oseu preço, o sucesso e a realização de qualquer sonho só são compensadores quando você tem a sensação do amor dentro de si; quando você sente que está cumprindo com alegria sua missão. E isso nós vemos diariamente na mulher que é médica, advogada, maestrina, arquiteta e, principalmente, dona de casa. Portanto, estimada leitora a qual homenageamos nesta crônica, não importa o tamanho do seu sonho, acreditando nele a vida fica sempre mais bonita. A missão da mulher-mãe nos dias atuais é de uma importância notável, pois ela tem que conduzir com muita compreensão e paciência os filhos que pensam de forma diferente e que “batem o pé no chão”, contrariando muitas vezes suas determinações. E ela sente que a maior alegria de viver está não apenas dentro dela, mas no que esperam dela os desafios da vida. Um dia dessa semana, antes de sair do consultório, olhei o quintal da casa dos meus avós, que fica ao lado, e fiquei a recordar com saudade dos encontros que minha avó e minha mãe promoviam ao lado da velha mangueira, mostrando aos descendentes os caminhos a trilhar. Os tempos mudaram e nos dias de hoje é a televisão a “senhora” da casa, onde todos em torno dela vêem cenas que modificam as atitudes dos jovens e nem sempre conduzem para bons destinos. Tenho para mim que até hoje ninguém encontrou a fórmula mágica que lhes satisfaça todas as ambições da vida, porque a chave misteriosa que lhe dá acesso ao mundo da fantasia é a mesma que abre as portas da realidade. Nascemos e morremos entre o choro e o riso. E é com as tintas do sentimental e do real que cada um vai escrevendo os capítulos do livro da própria vida. Nesses 41 anos de exercício da medicina, convivendo com mães e avós diariamente, vejo como são notáveis em sua missão. Armam-se sempre de coragem e colocam corpo e alma em suas tarefas. Expulsam sempre do coração o rancor, a covardia e jamais compartilham com a maldade e o desamor. Procuram, ao contrário, manter a família unida e feliz. A paz não é apenas ausência de violência. A paz existe onde existe reconciliação, substanciada de justiça, verdade e misericórdia. E com esse sentido, a mulher é notável. Pode-se destruir torres em minutos, como vimos, mas transformar o coração do homem leva anos, talvez séculos. E esse é o trabalho dos que desejam a paz, construindo uma boa família. Eu que o diga: não tem a menor dúvida, uma boa mãe, uma boa esposa, representam o alicerce que sustenta nossa vida, a parede que nos protege, o bálsamo que nos acalenta, a vida que nos dá vida. (*) É MÉDICO [email protected]